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Norte-americanos nos “trilhos” dos chineses em Angola

Jornal Opais por Jornal Opais
2 de Fevereiro, 2024
Em Destaque, Economia
Tempo de Leitura: 5 mins de leitura
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O realinhar da parceria estratégia de Angola com outros países colocou os Estados Unidos nos trilhos dos caminhos iniciados pelos chineses no país. A entrada dos americanos no negócio do Caminho-de-ferro de Benguela é um exemplo disso

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Mesmo não tendo sido possível a realização da Conferência de Doadores para Angola, em 2002, a China colocou-se numa posição privilegiada para apoiar os esforços de reconstrução nacional. As principais infraestruturas dos transportes a nível do país foram erguidas e reconstruídas com crédito chinês, assegurando, numa primeira fase, a circulação de pessoas e bens.

Para colocar o país em andamento, depois da guerra, e numa altura em que poucos davam crédito ao país, o Governo encontrou na China o parceiro para materializar os projectos que tinha na agenda, onde se inclui aeroportos, com desta- que para o Internacional Dr. António Agostinho Neto.

A construção e requalificação de estradas e pontes, instalações eléctricas, aeroportos, portos, caminhos-de-ferro e outras infra-estruturas de grande dimensão tiveram o apoio do gigante asiático, cujo reembolso foi feito com recurso a carregamentos petrolíferos.

O Caminho-de-Ferro de Moçâmedes, o segundo maior do país, em termos de extensão, foi igual- mente requalificado com dinheiro da China, bem como o de Luanda, que liga a capital do país às povíncias do Cuanza Norte e Malanje. Um movimento que levou a que a China se posiciona-se como maior credor de Angola. Hoje, a China é detentora de mais de 37% da dívida externa de Angola.

O que corresponde a 18,4 mil milhões de dólares, resultante de amortizações que levaram a que a dívida caísse mais de 4 mil milhões de dólares de 2018 para cá, conforme os dados do Stock da Dívida Pública por País.

Da lista de infraestruturas construídas com o apoio do gigante asiático consta também o Caminho- de-Ferro de Benguela, o principal do país, e maior activo do Corredor de Desenvolvimento Económico do Lobito (Benguela) que é uma das plataformas reconstruídas com o dinheiro vindo da China. Um investimento que hoje é muito apetecido pelas grandes potênciais mundiais, com destaque para os americanos que já aprovaram um desembolso de mil milhões de dólares, naquele que se estima ser o maior investimento dos Estados Unidos, em África, nos últimos tempos, podendo a União Europeia entrar na “corrida”.

A sua implementação está prevista para um período de cinco anos, com ligação à Zâmbia e ao Congo Democrático, e enquadra- se na Parceria para o Investimento Global em Infraestruturas, cuja coordenadora é Helaina Matza, para quem o plano “se propõe as- segurar que a região Austral possa estar interligada pelos caminhos- de-ferro”. Apesar da sua qualidade ser constantemente questionada, as obras financiadas com dinheiro chinês em Angola não ficam por aí.

Têm uma vasta amplitude, do sector social, desportivo e económico. Acresce a isso que a China é o principal país de origem das importações angolanas. País do qual importamos o equivalente a 2,6 mil milhões de dólares em 2022 e outros 1,3 mil milhões de dólares em 2023, como mostram os dados relativos aos principais países de procedência das importações angolanas.

Investimento americano vai gerar desenvolvimento

O Presidente da Câmara de Comércio Angola /Estados Unidos, Pedro Godinho, não vê problema algum no facto de a administração do Presidente Joe Biden estar a investir em infraestruturas já existentes, como é o caso do Caminho-de-Ferro de Benguela, cuja reconstrução teve apoio da China. Para ele, trata-se dum processo normal, pois uma das exigências de muitos países, para investir no exterior é preciso que haja infraestruturas, energia e água, ambiente favorável e outros incentivos. “Todas as administrações americanas quando assumem o país procuram sempre desenvolver um projecto para África.

Aconteceu, por exemplo, na administração do Presidente Barack Obama, que apostava na digitalização do nosso continente e permitir que a maior parte dos africanos tivessem acesso às novas tecnologias. Quanto ao que acontece agora com o CFB, é normal e vai trazer desenvolvimento nas regiões Leste, centro e litoral”, destacou, dizendo ainda que “vai circular muito dinheiro nestas zonas”. Acrescenta que as obras realizadas pelos chineses em Angola pode ser utilizadas por outros países que vejam interesses nelas, realçando que a China recebeu e continua a receber o reembolso pelos empréstimos feito a Angola. Aliás, destaca que, neste momento, a maior dívida de Angola é com a China. Lembra ainda que quando a administração Obama decidiu materializar o projecto de digitalização do continente encontrou dificuldades.

E para contorná-las avançou com a iniciativa “Power África”, que visava a electrificação do continente. Com efeito, mobilizou 8 mil milhões de dólares de fundos públicos e 12 mil milhões de fundos privados. “Nesta altura Joe Biden era o seu vice-Presidente. Foi então eleita uma nova administração, que naturalmente, deixou este projecto para trás tendo criado outro, denominado “África próspera”, cuja finalidade é a mesma, a procura desenvolvimento para a África”, afirmou. Pedro Godinho diz que, “quando o Presidente Joe Biden assumiu a liderança, com forte apoio da comunidade afro-americana e dos latinos, também chamada de diáspora, ficou um compromisso de continuar a ajudar a América latina e também África”, sublinha.

Acrescenta que isso ficou expresso durante a reunião do G-7, em 2022, onde Joe Biden anunciou, publicamente, que aquela organização iria mobilizar 600 mil milhões de dólares para o desenvolvimento do continente africano e de outros países em desenvolvimento, com o dinheiro a ser utilizado em cinco anos. Neste “esforço”, os Estados Unidos comprometeu-se a mobilizar 200 mil milhões de dólares. Para o caso concreto de Angola, além de outros investimentos, foram já aprovados 2 mil milhões de dólares para a instalação de centrais de produção de energias fotovoltaicas nas províncias de Benguela, Namibe, Moxico e Cuando Cubango.

Os milhões americanos

Os Estados Unidos entram na equação desde a visita do Presidente angolano a Casa Branca nos Estados Unidos da América, onde foi recebido ao mais alto nível pelo seu homólogo Joe Biden, quando ficou evidente, até para os mais distraídos, que as relações entre os dois Estado saltavam para outro nível. Um salto na relação que levou os americanos a investirem 3,5 mil milhões de dólares nas energias renováveis em 2022, como mostram os dados da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX).

Hoje já se fala do suporte americano na caminha- da rumo a tornar Angola uma referência na produção de alimentos. O presidente americano falou sobre isso na primeira pessoa e evidenciou que mais que o interesse nas energias renováveis, os americanos querem seguir os “trilhos dos caminhos chinês” em Angola.

Outro forte sinal que os americanos querem seguir em Angola vem do aumento de mais de 195 milhões de dólares na compra de petróleo angolano de 2022 para 2023. Em termos práticos, as vendas de petróleo angolano para os EUA renderam 168,4 milhões de dólares em 2022, para em 2023 ter rendido 363,7 milhões de dólares, como indicam os dados provisórios referentes ao destino das exportações de petróleo bruto. Acresce a isso que a dívida angolana para com os americanos posicionava-se nos 1,1 mil milhões de dólares em 2018, ao passo que no fim do ano de 2022, o valor em dívida posicionou-se nos 3,2 mil milhões de dólares.

Este aumento de mais de 2 mil milhões de dólares na dívida, serve para perceber que as relações entre os Estados “aqueceram”. A nova fase da relação comercial vai se testando que, 40 anos depois, Angola voltou a exportar café para os Estados Unidos da América. Foram 11 toneladas, mas tiveram respaldo simbólico inigualável, como mencionou o então embaixador de Angola nos EUA, Agostinho Tavares, que explicou que as exportações se enquadraram nos esforços estabelecidos pela Lei de Crescimento e Oportunidades para África. Um campo de cooperação que visa abrir portas a exportações de produtos africanos, mais propriamente da África Subsaariana para a América

POR: Miguel Kitari e Ladislau Francisco

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