O ministro cabo-verdiano do mar, Jorge Santos, destacou nesta terça-feira, em Luanda, o mar como um dos principais aceleradores da economia de Cabo verde, em particular, impulsionando sectores estratégicos e a atractividade do investimento externo
Ao apresentar as oportunidades e políticas do arquipélago a potenciais investidores, no quadro do Fórum União Africana – União Europeia, o governante realçou que Cabo Verde procura transformar-se num centro marítimo e logístico de referência no Atlântico, tirando proveito da sua posição geoestratégica.
Segundo o ministro, a economia azul constitui um dos principais aceleradores do desenvolvimento do país, razão pela qual o Executivo tem vindo a consolidar políticas direccionadas à exploração sus- tentável dos recursos marinhos, ao reforço da economia portuária e à dinamização das activida- des conexas.
Jorge Santos explicou que o Governo está a apresentar aos investidores um pacote estruturado de oportunidades, que inclui melhorias nos serviços portuários, incentivos à instalação de empresas ligadas ao transporte marítimo, reparação naval, biotecnologia marinha, energias renováveis oceânicas e turismo náutico.
O ministro salientou que Cabo Verde está, igualmente, empenhado em desenvolver infra-estruturas e um ambiente regulató- rio favorável, com o objectivo de atrair empresas internacionais e criar um ecossistema competitivo associado ao mar. Reiterou que o país reúne condições geoestratégicas únicas, lembrando que o oceano é o maior activo de Cabo Verde e deve ser o principal motor do seu crescimen- to económico nos próximos anos.
Jorge Santos referiu ainda que a economia azul tornou-se uma das grandes apostas para o desenvolvimento sustentável, com apostas em valências como as pescas e aquacultura, transporte marítimo, segurança e infra-estruturas costeiras, preservação ambiental, turismo náutico, ecoturismo, formação marítima, investigação e conhecimento científico.
Sublinhou também que a segurança marítima constitui uma prioridade, tendo em conta o aumento das rotas e actividades económicas na região, sublinhando a necessidade de fortalecer capacidades de vigilância, resposta e coordenação entre os países costeiros.
Apontou o projecto do Corredor Marítimo Praia, Dakar e Abidjan como iniciativas que permitem reforçar a conectividade marítima e comercial entre sete países da África Ocidental, dinamizando o comércio, a mobilidade e cooperação regional.
O Fórum Empresarial debateu a cooperação económica entre África e Europa, reforçando o papel do sector privado na concretização dos projectos prioritários definidos no âmbito da parceria dos dois continentes. As conclusões dos dois dias de debate técnico foram submetidas aos Chefes de Estado e de Governo que participaram na 7.ª Cimeira UA- UE, em Luanda.









