Angola foi um grande produtor de mel a partir da década de 1950, abastecendo o mercado nacional e permitindo alguma exportação.
O Greenfield Fundo de Capital de Risco e a Kapata, Lda, assinaram, recentemente, em Luanda, um Memorando de Entendimento (MoU), criando as condições para se avaliar o potencial do aumento da produção de mel na província do Moxico.
Esta oportunidade de investimento resultou do Programa Emergentes promovido pela Comissão de Mercado de Capital com o objectivo de aproximar empreendedores e mecanismos financeiros de investimento angolanos.
Testemunhado por Vasco Januário, administrador Executivo da Comissão de Capitais (CMC), a assinatura do MoU “abre portas” para realização de estudos para aferir a viabilidade de um investimento naquela província do Leste do País com tradição na produção de mel.
O acordo foi assinado nos escritórios da DeltaGest Capital SGOIC, gestora do Greenfield FCR, representado no acto por João Saraiva dos Santos; administradora Executiva, Guiomar Lopes, e pelo administrador Executivo, Sérgio Sousa. Pela sociedade comercial Kapata, Lda., que actua na produção e comercialização de mel, representada pelo sócio-gerente Keneth Nzimbo Kapata.
Após anos a tentar financiamento bancário, Keneth Nzimbo Kapata, cuja empresa colabora com cerca de 200 apicultores associados, que operam 10.000 colmeias, saiu do encontro com um acordo firmado.
“Foi um choque positivo, porque sempre sonhei com a produção industrial de mel e, quando a Deltagest Capital manifestou o interesse do Greenfield FCR em investir no nosso projecto, percebi claramente que chegou o bom momento”, referiu, apontando o acesso ao crédito como um dos vários desafios da actividade na província do Moxico.
Para o administrador da CMC, Vasco Januário, o acordo vai “levar esperança às famílias da província do Moxico”, graças à política dos fundos de capital de risco, que são uma alternativa para o financiamento de negócios em fase inicial e que não encontram conforto na banca comercial.
“O Fundo Greenfield vai apoiar esta empresa do Moxico, ela vai aumentar a produção de mel, vai gerar mais postos de trabalho, e vai criar mais riqueza”, frisou, sublinhando a idoneidade do acordo e do Greenfield.
Por sua vez, o presidente do Conselho de Administração (PCA) da Deltagest Capital, João Saraiva dos Santos, reafirmou o compromisso do Greenfield FCR com os pequenos empreendedores, referindo que, apesar da sua dimensão limitada, está aberto para apoiar iniciativas inovadoras em todo o País, como é o caso da Ovihemba – fábrica de medicamentos no Huambo, Campo Verde na sustentabilidade do agronegócio e Laços Vivos no bem-estar das pessoas idosas.
“Aceitamos abraçar esta iniciativa e contribuir para o desenvolvimento desta actividade no Moxico”, afirmou o PCA, realçando que o que chamou atenção do Fundo foi o facto de o Drº. Kenneth Kapata saber muito sobre produção de mel, viver exclusivamente desta actividade, e estar muito motivado com o projecto.