De acordo com o director nacional de Inclusão Financeira do Banco Nacional de Angola (BNA), Edilsom Pimentel, o plano está praticamente concluído e vai à consulta pública a partir do próximo mês, nos mais diferentes canais, para que, num prazo de um mês, as partes interessadas possam dar as suas contribuições ao documento.
O objectivo da estratégia, segundo Edilson Pimentel, é acelerar tanto a literacia financeira, quanto a inclusão financeira, por via de campanhas massivas de emissão de Bilhete de Identidade e de abertura de contas, via do banco e não banco, ou seja, electrónico.
Uma das preocupações do comité é a constatação de que cerca de 50% da população ainda não possui Bilhete de Identidade, o que tem dificultado aberturas de contas. Para tal, o comité trabalha de forma coordenada com o Ministério da Justiça e dos Direitos Hunamos, Associação Angolana de Bancos (ABANC), Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social e outras instituições.
A 4.ª Sessão Ordinária do Comité de Inclusão Financeira reuniu-se, ontem, em Luanda, sob orientação do ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano.
O objectivo central da reunião, segundo o porta-voz Edilson Pimentel, foi fazer uma avaliação sobre o desenvolvimento dos trabalhos em curso da elaboração do plano estratégico de inclusão financeira.
O que ficou patente, referiu, é que o plano está praticamente concluído, devendo estar disponível para consulta pública no próximo mês. Antes será feita uma comunicação nos órgãos de comunicação para que os interessados possam saber como e onde encontrar o documento, daí o papel do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social. Relativamente ao orçamento para implementação do plano estratégico, o porta-voz disse não haver um orçamento global, os financiamentos serão feitos por cada acção.
Alinhar estratégia ao PDN
A Estratégia Nacional de Inclusão Financeira, a ser levada à consulta pública em Março próximo, está a ser alinhada ao Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN 2023-2027) para facilitar o cumprimento das acções, seguindo o director do Departamento do Banco Nacional de Angola. Edilson Pimenta fez saber que o documento estará durante cerca de um mês em consulta Pública e apelou para a contribuição de todos, para que reflicta, de facto, aquilo que é a visão da população tendente à melhoria da condição socioeconómica.
Será divulgada, com a devi- da antecedência, nos canais onde poderão encontrar o documento para a sua contribuição e, dentro do plano de comunicação, prevê-se a realização de workshop, webinars, entrevistas e anúncios relacionados a este documento, frisou. A pretensão, disse, é desenvolver acções conjuntas entre os vários intervenientes na matéria, visando aumentar os níveis de literacia financeira no país.
O Comité de Coordenação tem como missão definir os princípios orientadores da Estratégia Nacional de Inclusão Financeira (ENIF), dinamizar iniciativas tendentes à sua concretização, assim como realizar estudos de diagnóstico, mediante avaliação analítica e profunda sobre o estado da inclusão financeira em todo o território nacional.
O comité é coordenado pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica e integra os titulares dos pelouros das Finanças, Planeamento, Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Justiça e dos Direitos Humanos, Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Educação e o coordena- dor do Conselho de Supervisores do Sistema Financeiro.
POR:José Zangui