Angola, por intermédio da sua empresa nacional de diamantes, ENDIAMA E.P., apresentou, recentemente, uma oferta totalmente financiada com vista à aquisição de uma participação minoritária estratégica na De Beers
Segundo o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPT), esta iniciativa insere-se no processo de alienação global promovido pela Anglo American plc, cuja conclusão está prevista para o final do corrente ano. O MIREMPT esclarece que a proposta ora submetida não visa o controlo maioritário da De Beers.
Pelo contrário, defende-se a constituição de um consórcio pan-africano, liderado pela indústria, que garanta a independência e a competitividade internacional da referida empresa. Este posicionamento é defendido pelo titular do sector, Diamantino Azevedo, com visão de propriedade pan-africana liderada pela indústria. “Angola acredita que o futuro da De Beers depende da sua continuidade como uma empresa global liderada pelo sector privado.
A nossa proposta visa estabelecer uma parceria significativa entre Angola, Botswana, Namíbia e África do Sul, garantindo que nenhuma parte detenha domínio exclusivo e que a empresa possa evoluir como uma entidade comercial verdadeiramente internacional”, afirma Diamantino Azevedo.
Pontos-chave da proposta
Na proposta de Angola para obtenção da participação estratégica na De Beers, consta o mode- lo de propriedade independente e diversificada, assegurando o crescimento sustentável e a longo prazo da empresa fundada em 12 de março de 1888. Angola pretende incrementar a parceria pan-africana, com convite formal ao Botswana, à Namíbia e à África do Sul para integrarem o projecto numa posição de destaque.









