A empresa privada que actua na melhoria de diversas sementes de produtos alimentares investiu um total de 45 mil dólares americanos na formação de quadros do sector agrário, entre públicos e privados das províncias do Namibe, Huíla, Cunene e Cuando Cubango
João Katombela na Huíla
A acção formativa sob a égide da empresa agrícola Jardins da Yoba, está a ser desenvolvida em parceria com a Universidade Federal de Lavras, da República Federativa do Brasil, sendo que numa primeira fase, são abrangidos 30 formandos.
Entre os temas que estão a ser abordados desde segunda-feira última (22 de janeiro) o destaque recai para a fitotecnia, que consiste no estudo das plantas para o melhoramento da reprodução das suas sementes.
Creúsa de Fátima Barbosa Walter, do Departamento de Comunicação e Marketing da referida empresa, explicou que depois desta formação, os participantes deverão replicar o conhecimento adquirido para os demais quadros juniores do sector da agricultura.
“Esta acção formativa é dirigida aos estudantes de Ciências Agrárias, aos técnicos de melhoramento, aos professores que trabalham na área de produção e também para produtores de forma geral.
Esta formação vai permitir que o capital humano nacional tenha domínio e ferramentas para trabalhar com as sementes no campo, de modos a apresentar maior produtividade daquilo que são os nossos produtos nacionais” afirmou.
De acordo com a responsável do Departamento de Comunicação e Marketing da empresa promotora do evento, o objectivo da acção formativa, é trabalhar na melhoria da qualidade dos produtos do campo para maior segurança alimentar, a partir dos grandes centros de produção.
“Esta formação surge com o objectivo de assegurar uma transformação estratégica, transversal e sustentada do capital humano nacional, ao mesmo tempo em que se promove o aumento dos índices de segurança alimentar e dos índices de excedentes a nível da produção” disse.
Para além da fitotecnia, os participantes da acção formativa, estão igualmente a abordar assuntos ligados a estatística aplicada no campo.
Com esta abordagem, disse Creúsa de Fátima Walter, espera-se que todos os actores que actuam na produção nacional possam trabalhar no sentido de se reduzir as importações de diversos bens, cuja produção já é possível no país.
“Espera-se com esta formação que os formandos sejam capazes de conduzir estatisticamente experimentos agrícolas de modos a apresentarmos produtos de alta qualidade ao mercado, para selecionarmos as melhores sementes para que possamos produzir em quantidade e em qualidade, dando resposta as questões das importações e dar resposta à necessidade que o país tem de produzir para o consumo interno” detalhou.