A secretária de Estado do Orçamento, Juciene Cristiano de Sousa, afirmou, nesta quinta- feira, 3, em Luanda, que cerca de 20% do crédito bancário em Angola está em situação de incumprimento. Este é um número, por si só, que diz quão urgente é a consolidação de mecanismos eficazes de recuperação e reestruturação, por constituir um peso significativo na economia
A responsável apresentou estes dados, durante a 1ª Conferência Internacional sobre Recuperação de Empresas e Insolvência, promovida pela Recredit- Gestão de Activos. De acordo com a secretária de Estado do Orçamento, se a conjuntura actual, marcada por inflação resistentemente, e crescimento económico ainda modesto, coloca-se o desafio à actividade empresarial, então mais importante ainda é o país ter um regime de insolvência que permita reorganizar-se, salvar e relançar empresas com potencial.
Dispor de um quadro legal funcional de insolvência com processos céleres, eficazes e capazes de responder às expectativas de quem recorrer à justiça é para o Executivo, mais do que uma ambição jurídica, mas sim, um imperativo institucional e, acima de tudo, um compromisso com a construção de uma Angola mais estável e mais justa para quem investe, trabalha e empreende.
Por sua vez, Walter Barros, presidente do Conselho de Administração da Recredit, entende que com a realização da 1.ª conferência se pretendeu despoletar um debate sobre as matérias de recuperação de empresas e insolvência, porque os números de crédito mal-parado no país é alto e impõe desafios de recuperação de empresas de modos que elas possam voltar para o mercado com uma nova saúde financeira.
POR: José Zangui
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