A assinatura Adenda visa materializar o projecto Produção Incremental no campo Dália, do Bloco 17, prevendo-se a recuperação adicional de mais de 400 milhões de barris de óleo, até 2045, ao contrário da previsão actual que estima uma recuperação de cerca de 100 milhões de barris de óleo, até 2026
A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) assinou, nesta quarta-feira, 11, um Acordo de adenda para exploração petrolífera no Bloco 17, com um grupo de empresas, que vai investir 6 mil milhões de dólares.
A empreitada que vai durar, pelo menos cinco anos, visa alargar o tempo de vida útil do campo “DALIA”, segundo o presidente do Conselho da Administração (PCA) da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, Paulino Jerónimo.
Para a empreitada que deve começar já, com a aquisição de equipamentos de perfuração de cinco novos poços, substituição de equipamentos velhos, entre outras acções, está previsto um investimento de 6 mil milhões de dólares.
Estão envolvidas na empreitada as empresas, como parceiras, a Total
Energies, Equinor, ExxonMobil, Azule Energy e a Sonangol exploração e produção.
De acordo ainda com Paulino Jerónimo, com o selar deste acordo. O Estado ganha 90% da produção petrolífera dos 500 milhões barris por ano.
Paulino Jerónimo, disse ainda que esta foi apenas a primeira adenda, de outras que se vão seguir nos blocos 15, 18, 31, 32, com vista a melhoria dos campos existentes, salientando que o Estado deve receber mais receitas com este passo.
Por sua vez, o director da Total Energies, Martin Deffontaines, em nome dos investidores parceiros, considerou a cerimônia da assinatura da adenda do contrato de partilha de produção da área de concessão do Bloco 17, como um momento histórico.
Martin Deffontaines, destacou o facto do alargamento do prazo de exploração do campo DALIA se estender além dos 20 anos.
Informou que as negociações com a ANPG durou dois anos, sendo o passo seguinte a compra dos equipamentos.
Já o secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Correia Victor, valorizou a criação de mais postos de trabalhos, mais receitas para o Estado, capacitação dos trabalhadores angolanos e a transferência de tecnologias, como os pontos principais da adenda assinada entre as partes.
Importa referir que o Bloco 17 é operado pela TotalEnergies com uma participação de 38%, juntamente com a Equinor (22,16%), ExxonMobil (19%), Azule Energy (15,84%) e Sonangol P&P (5%). O Bloco 17 opera quatro FPSOs nas principais áreas de produção, nomeadamente Girassol, Dalia, Pazflor e CLOV.
Por: José Zangui