O Banco de Crédito do Sul (BCS) alocou um total de 70 milhões de kwanzas para alavancar a agricultura familiar praticada pelas meninas e adolescentes internadas no Lar da Divina Providência, afecto à Igreja Católica no município do Hoque, província da Huíla, no âmbito da sua responsabilidade social, por meio da iniciativa denominada REVIVER, da Organização Não Governamental CODEPA
Para alavancar a agricultura familiar praticada por adolescentes e jovens internados na casa de acolhimento da Igreja Católica, o Banco de Crédito do Sul, nascido na cidade do Lubango, capital da província da Huíla, procedeu ontem à entrega de insumos agrícolas. Entre eles estavam sementes de várias hortícolas, leguminosas, fertilizantes e um triciclo.
A entrega aconteceu à margem da inauguração da nova infraestrutura, construída igualmente com o financiamento desta instituição financeira, para dar dignidade e habitabilidade a mais de 40 meninas internas no lar da Divina Providência.
A iniciativa Reviver está a ser desenvolvida em parceria com a Organização Não Governamental Espanhola, que actua na promoção de boas práticas agrícolas, sobretudo em comunidades de baixa renda ou carenciadas em 12 províncias em que opera no território nacional.
Na ocasião, madre superiora da congregação da Divina Providência e responsável pelo internato, Maria Donata, agradeceu o gesto, tendo dito que ele vai minimizar as dificuldades que a casa enfrenta na acomodação das 45 meninas internadas.
“Hoje estamos jubilantes de alegria, exultantes das graças que Deus nos concedeu, porque não é fácil encontrar uma oportunidade, uma sorte desta. Hoje agradecemos ao BCS. Houveram muitas pessoas colectivas e singulares que vinham fazendo promessas de ajudar, mas que nunca cumpriram.
Graças ao BCS, sentiu também que formar uma jovem é transformar a sociedade. Então, sinto que não estou a caminhar sozinha, tem alguém ainda sensível, que sente como nós, esta causa da juventude que hoje tanto precisa, temos muitas crianças que necessitam um lugar destes, por isso, apelo àquelas pessoas que têm alguma possibilidade, que apoiem essas casas, porque são as casas que nos dias de hoje ainda podemos ver”, manifestou.
De acordo com a responsável, a falta de uma escola de formação profissional ou geral faz com que as meninas internadas recebam apenas formação humana e religiosa para prepará-las a ser mulheres de facto.
Por outro lado, a responsável revelou que já existem projectos para a criação de uma escola de formação profissional destinada às meninas que se encontram naquela instituição de acolhimento, porém, existem ainda vários factores que concorrem para a não execução plena deste projecto. “Neste momento, temos 45 meninas, mas não é fácil sustentar o dia a dia desta família.
Eu novamente agradeço ao BCS, porque, além da estrutura que nos entregou, também está implementando o projeto voltado ao trabalho do campo. Esta será uma grande valia. Ainda não temos resultados, mas acredito que Deus vai nos ajudar a atenuar as dificuldades do dia a dia”, perspectivou.
Por: João Katombela, na Huíla
			




							



