O economista Diógenes Lenga alertou que o aumento do preço da energia e da água, a partir do próximo mês de Junho, pode ser sentida de forma pesada pelas famílias e agravar o custo de vida, o que vai obrigar a fazer cortes em outras áreas essenciais, como alimentação e saúde
Diógenes Lenga explicou que, num contexto de inflação elevada em Angola, qualquer aumento agrava o custo de vida das famílias, sublinhando que a elevação dos preços dos serviços básicos tem impacto directo no orçamento das famílias, principalmente das camadas mais vulneráveis.
O economista refere que o recente anúncio do aumento das tarifas de água em 30% e de electricidade em 11,5% coloca em debate sobre a forma como o Executivo deve equilibrar a sustentabilidade financeira dos serviços essenciais, tendo em atenção o já fragilizado poder de compra dos angolanos.
Para Diógenes Lenga, embora o regulador (IRSEA) justifique que a despesa média com água e electricidade representa, respectivamente, 2,4% e 2,2% do orçamento mensal das famílias com tarifa social valores considerados abaixo da média regional -, a verdade é que, num contexto de inflação elevada (23,85% em março de 2025) e de atrasos estagnados, qualquer aumento agrava o custo de vida.
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