A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) está a investir mais de 170 milhões de dólares em projectos sociais, com maior incidência nas áreas da Educação (26%), Desenvolvimento Económico e Social (22%) e Saúde (17%), segundo o seu relatório de gestão referente ao ano passado, divulgado recentemente
O montante acima mencionado foi aplicado na materialização de mais de projectos de responsabilidade social em diversas áreas, repartidos em 206 projectos concluídos, nos últimos três anos, e em 107 iniciativas de âmbito nacional, que estão em curso, com foco especial nas comunidades do Centro e Leste de Angola.
No documento a que o jornal OPAÍS teve acesso, a ANPG assegura que acompanhou todos os projectos realizados pelos parceiros com recursos provenientes das actividades petrolíferas, como, por exemplo, os custos partilhados e recuperáveis, contribuições e fundos próprios das operadoras.
No seu ponto de vista, tais iniciativas têm permitido melhorar o impacto social nas comunidades e contribuído para que o Estado e a sociedade tenham um desenvolvimento socioeconómico sustentável.
Neste caso, o destaque recai sobre áreas que incluem a Educação, Saúde, Desenvolvimento Comunitário, Ambiente e Desporto. “Em 2024, realizou-se o acompanhamento de 153 projectos sociais, orçamentados em cerca de USD 193 milhões, dos quais 52 foram financiados por custos próprios das operadoras (USD 113 milhões) e 101 por custos partilhados e contribuições sociais (USD 81 milhões)”, detalha no referido documento.
Por outro lado, a ANPG declara que no domínio da gestão de recursos humanos entrou para o ano em curso com um total de 627 colaboradores, o que representa um aumento de 2% face a 2023. Salienta que, para cumprir cabalmente com a sua missão, destacou 25 técnicos para acompanhar projectos estratégicos junto das principais operadoras petrolíferas, com destaque para a TotalEnergies.
No que toca à promoção da igualdade de género, garante que continua a ser um compromisso assumido, com equilíbrio entre homens e mulheres em funções técnicas, operacionais e de gestão de topo.
Para sustentar o seu ponto de vista, esclarece que, em 2024, 86% dos colaboradores beneficiaram de programas de formação, num total de 117 acções realizadas, incluindo cursos presenciais, e-learning e a utilização da plataforma Learning Management System (LMS).
Aposta contínua na formação
Apontou ainda que, entre os destaques do ano, sobressaiu a realização do 2.º Fórum de Recursos Humanos do sector, subordinado ao tema “Os desafios do profissional de RH na manutenção do bemestar dos colaboradores”.
Um encontro que, segundo conta, reuniu 177 participantes, entre representantes da ExxonMobil, TotalEnergies, Chevron, Sonangol, Azule Energy, Acrep e Etu Energias, para discutir boas práticas e desafios da gestão de pessoas no sector petrolífero.
A agência diz, no seu relatório, que com estes resultados reforça a sua posição como actor central não apenas na regulação do sector petrolífero, mas também na promoção do desenvolvimento social e na valorização do capital humano em Angola.