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Angola gasta mais de 17 mil milhões de dólares em importações entre 2022 e o primeiro semestre de 2024

Nos últimos dois anos e meio, o volume de importações em Angola tem reflectido o peso da dependência externa da economia nacional. Assim, o país gastou cerca de 17,2 mil milhões de dólares em diversos produtos importados

Jornal Opais por Jornal Opais
12 de Novembro, 2024
Em Destaque, Economia
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
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Angola gasta mais de 17 mil milhões de dólares em importações entre 2022 e o primeiro semestre de 2024

Este montante demonstra um esforço significativo para suprir demandas internas, especialmente em bens de consumo corrente e bens de capital, sectores que juntos dominam a pauta de importação.

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De acordo com os dados estatísticos do Banco Nacional de Angola (BNA), entre o ano de 2022 e o primeiro semestre de 2024, o país gastou 17,2 mil milhões de dólares em importações diversas. Este valor abrange os principais sectores da economia, reflectindo a estrutura de dependência externa que ainda caracteriza o país.

Os dados estatísticos mostram ainda que, em 2022, Angola gastou cerca de 17,3 mil milhões de dólares em importações. Em 2023, este número diminuiu ligeiramente, totalizando aproximadamente 15,1 mil milhões de dólares. Para o primeiro semestre de 2024, Angola já desembolsou cerca de 6,4 mil milhões de dólares em importações, um montante que sinaliza uma continuidade do ritmo dos últimos anos.

Os bens de consumo correntes foram o principal componente das importações, representando mais de metade dos valores gastos, especialmente para atender às necessidades da população em itens como alimentos, vestuário e outros produtos essenciais. Este segmento recebeu 9,5 mil milhões de dólares em 2022, seguido de 7,5 mil milhões em 2023 e, no primeiro semestre de 2024, cerca de 3,8 mil milhões já foram aplicados nesse sector.

Por outro lado, os bens de capital, que incluem maquinaria e equipamentos necessários para o desenvolvimento de infra-estruturas e industrialização, também foram de grande relevância para a pauta de importação.

Em 2022, o país investiu aproximadamente 3,5 mil milhões de dólares neste segmento, uma cifra que diminuiu para 2,8 mil milhões em 2023. Nos primeiros seis meses de 2024, foram alocados 1,7 mil milhões para este tipo de importação, mostrando uma prioridade no fortalecimento do sector produtivo e na redução de custos de produção, segundo dados estatísticos. A importação de bens intermédios, que inclui insumos para a produção industrial, teve também um peso considerável.

Em 2022, o valor registado para esse segmento foi de aproximadamente 1,9 mil milhões de dólares, e em 2023, houve um ligeiro decréscimo para 1,5 mil milhões. Para o primeiro semestre de 2024, os gastos foram de 700 milhões, reflectindo uma procura constante por matérias-primas e componentes necessários para a indústria nacional.

Redução da dependência de importações

Em reacção, o economista Eduardo Manuel disse que a dependência de Angola em importações de bens de consumo e bens de capital é explicada por vários factores estruturais. Entre os principais, destaca-se o investimento ainda insuficiente na produção desses bens para atender à demanda interna.

Além disso, a falta de capital disponível na banca nacional limita o financiamento de projectos de investimento voltados à produção local. Outro obstáculo, segundo o economista, é a escassez de pessoal qualificado, essencial para gerir e operar os processos produtivos, além do excesso de burocracia para obtenção de licenças e outras autorizações necessárias para a actividade empresarial.

A ausência de infra-estrutura básica em várias regiões do país é igualmente limitante. Sem essas infra-estruturas, que poderiam impulsionar a produção local e servir como pivôs para o desenvolvimento económico nacional e na SADC, o país permanece dependente de produtos importados.

A médio prazo, uma estratégia para reduzir essa de- pendência requer, primeiro, uma revisão do diagnóstico das necessidades regionais. A partir daí, políticas públicas devem ser implementadas para fomentar o empreendedorismo, integrando startups e empresas estabelecidas.

O especialista enfatizou que, para maximizar esses esforços, é fundamental fortalecer os programas de atracção de investimentos, com a participação activa dos governos provinciais e das administrações municipais, em coordenação com a Agência de Investimento Priva- do e Promoção das Exportações (AIPEX).

A colaboração entre os governos provinciais e a AIPEX pode atrair investimentos directos para as províncias, enquanto o governo negocia programas de financiamento administrados pela banca local, que actualmente não dispõe de recursos suficientes para atender à demanda.

Esse apoio financeiro é crucial para financiar não só os projectos pendentes, mas também para incentivar novas iniciativas de produção. Para atender à demanda interna, Eduardo Manuel sublinhou que é imperativo que Angola desenvolva sectores estratégicos, como agricultura, energia e águas, transportes (aéreo, marítimo e ferroviário), indústria têxtil e de bebidas, e educação – com ênfase em cursos profissionais e superiores voltados para esses sectores.

No sector petrolífero e de gás, é necessário reforçar o abastecimento de combustível e gás nas regiões com maior necessidade. Entretanto, Angola enfrenta uma escassez de investimentos nesses sectores devido à limitação de recursos financeiros internos, o que destaca a importância de atrair capital externo para viabilizar uma política de substituição de importações e reduzir a dependência externa.

POR:Francisca Parente

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