As águas filtradas & purificadas eram até muito tempo mais procuradas por empresas e instituições, sendo que em algumas famílias o número era residual. A maioria consumia a água das torneiras e dos tanques.
Actualmente, a realidade tende a inverter-se, as famílias estão a “fugir” da água dos tanques, relegando-a apenas para lavar, cozinhar, tomar banho e outras atividades domésticas, optando, agora, pelas águas filtradas & purificadas para se cuidarem de doenças, como a cólera que está em voga, sobretudo em Luanda.
A procura é frenética, há clientes que adquirem grandes quantidades, tal é o exemplo de Mário Patoni, que compra 120 garrafas de 5 litros por mês, para o consumo de um agregado de oito pessoas.
Outro consumidor é Edgar Custódio, este disse à nossa reportagem que antes da cólera variava no consumo de água, entre a filtrada e de tratamento caseiro, com a lixívia.
Neste momento, concluiu ser mais benéfico e mais econômico (ver preços), embora considere ser um negócio que está dando dinheiro, apela à fiscalização para o bem da saúde Pública.
Os pontos de distribuição estão em quase todos os bairros de Luanda, curiosamente, com exceção do bairro Paraíso, o epicentro da cólera, segundo constatou a nossa reportagem.
Nas ruas, é visível homens, mulheres e crianças com os bidons de cor azul, das diversas marcas de água.
POR: José Zangui