Com a certificação do aeroporto Paulo Teixeira Jorge, o país passa a contar, doravante, com mais uma porta aberta para o mundo, atendendo, assim, aos mais altos padrões de segurança e qualidade e possibilitando a operação de um maior número de rotas aéreas.
O porta-voz da Autoridade Nacional de Aviação Civil, Manuel Gonçalves, acredita que esse feito vai contribuir, em grande medida, para a melhoria da qualidade de vida da população local, na perspectiva de facilitar o acesso aos serviços e produtos, além de fortalecer a integração regional.
Após a outorga do certificado – sustenta o responsável – a Sociedade Gestora de Aeroportos continuará a trabalhar para a manutenção da certificação, optimizando as operações do aeroporto em causa, de modo a elevar os níveis de qualidade dos serviços prestados. “Sempre com o objectivo de oferecer aos passageiros experiência segura e confortável.
Novos investimentos em infra-estruturas e tecnologia, para garantir que o aeroporto se mantenha na vanguarda do sector”, disse.
Investimentos feitos
O presidente da Comissão Executiva da Sociedade Gestora de Aeroportos, Manuel Gomes, sinaliza os investimentos tecnológicos e em infra-estruturas feitos, destacando, entre outros, a instalação de câmeras de video-vigilância, requalificação de valas de drenagem e extinção de incêndios.
Ele, que não avança data de aterrissar do primeiro avião internacional, considera Benguela um mercado em prospecção, que, para além do corredor do Lobito, dispõe de terras aráveis. O responsável dá conta de manifestação de interesse de quatro companhias mundiais em operar no agora aeroporto internacional, “mas não quer dizer que acontece logo. Nós temos conversas muito adiantadas”, adverte.
A certificação vem materializar uma promessa presidencial feita por João Lourenço na província de Benguela. Em 2022, o Chefe de Estado considerava o aeroporto Paulo Teixeira Jorge, antes Aeroporto Internacional da Catumbela, importante por aquilo que se projectava para o corredor do Lobito, um projecto no qual os Esta- dos Unidos financiam o consórcio Lobito Atlantic Railwally.
Tal proeza vai inverter cenários descritos como constrangimentos de, para sair de Benguela, os passageiros se deslocarem até à capital do país, Luanda. O Governo reconhece que o processo se afigurou longo, difícil, porém possível.
Às autoridades coube reunir condições objectivas para a materialização desse desiderato, acenando, agora, para companhias internacionais e reforça tese de oportunidades de negócios em Angola, sendo certo que, para a sua certificação, foram operadas muitas alterações substanciais, sobretudo no perímetro aeroportuário (bermas da pista) e prova disso é que não houve sucesso na primeira vez que se submeteu a carta de intenções.
De resto, o presidente da comissão executiva da Sociedade Gestora de Aeroportos diz estarem reunidas as condições para o aeroporto ser internacional. Questionado sobre quanto é que o Estado, em termos financeiros, desembolsou com a certificação, o responsável não responde objectivamente, e promete fazê-lo em outro fórum, garantindo apenas que o processo de certificação vai criar postos de trabalho.
“Nos tempos que se seguem vamos ter recrutamentos a serem efectuados aqui, mas não se esqueçam – temos um problema – nós estamos a falar de uma área de especialidade”, adverte.
POR:Constantino Eduardo, em Benguela