OPaís
Ter, 17 Jun 2025
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Publicações
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Jornal O País
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Publicações
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Jornal O País
Sem Resultados
Ver Todos Resultados

Reabilitação da doca da Pescangola permite reparação de navios pesqueiros no país

Jornal Opais por Jornal Opais
23 de Novembro, 2017
Em Economia, Últimas
Tempo de Leitura: 5 mins de leitura
0

A recuperação da doca flutuante da Pescangola, envolvendo um investimento de USD 2 milhões, vai permitir aos armadores que operam em águas territoriais angolanas realizar a manutenção e reparação das embarcações de pesca no país

Por: Borges Figueira, enviado a Walvis Bay, Namíbia

Os navios que operam em águas territoriais angolanas, com destaque para as embarcações de pesca do tipo semi-industrial e industrial, vão, doravante, poder realizar as suas manutenções periódicas e as suas reparações no país.

Tal será possível graças à chegada, nos próximos dias, da doca flutuante da Pescangola, que está a ser reabilitada em Walvis Bay, República da Namíbia, pela companhia de navios Elgin Brown & Hamer (EBH).

De acordo com o presidente do Conselho de Administração da Pescangola, Sebastião Alfredo Macunge, o investimento feito na recuperação da doca, que será apoiada por oficinas em terra, supera os USD 2 milhões.

A reparação da doca flutuante, adquirida em 2010 pelo Ministério das Pescas e Mar, a par da oficina equipada em terra, têm como objectivo apoiar os armadores na manutenção e reparação das embarcações de pesca.

A sua entrada em uso vai criar 60 novos postos de trabalho directos. A doca flutuante da Pescangola, com 63 metros de comprimento e 26 metros de largura, a operar na baía de Luanda, está vocacionada para a reparação de navios com deslocamento até 1.500 toneladas.

A doca está equipada com meios de elevação e equipamentos de apoio necessários à docagem, pintura e reparação dos navios e será auto-suficiente em termos de energia e fluidos, o que permite que opere fundeada, sem ligação directa às infra-estruturas em terra.

O director de projectos da Elgin Brown & Hamer Namibia (EBH), António Silva, explica que a doca não será classificada, sendo no entanto, projectada e construída de acordo com as regras de uma Sociedade de Classificação (SC) membro da IACS para este tipo de estrutura e respeitando os requisitos e regulamentos da Autoridade Marítima Nacional (AMN) em vigor.

Antes de iniciar a construção, o estaleiro submeterá à aprovação do armador todos os planos de construção relativos ao casco, equipamentos, máquinas e sistemas.

Qualidade de construção garantida

António Silva adiantou ainda estar garantida a qualidade da doca, que será construída de acordo com as boas práticas da construção naval. Depois das provas finais do navio, o estaleiro entregará em duplicado um Caderno do Controlo de Qualidade e um ficheiro informático contendo este caderno, onde demonstrará a aplicação do seu Sistema de Controlo de Qualidade nas diferentes fases da construção, e onde se colocarão todos os protocolos de aprovação e aceitação devidamente assinados pelo estaleiro, pelo armador, bem como pelas autoridades marítimas nacionais, se tal vier a ser exigido.

Segundo António Silva, no que concerne à especificação técnica da doca, será apresentado para apreciação do armador um caderno de soldadura, que incluirá os respectivos procedimentos, evidenciando os processos e as técnicas a utilizar, os materiais de adição adoptados, o dimensionamento, bem como a descrição da preparação das juntas e superfícies e os procedimentos de controlo de qualidade e de ensaios não destrutivos (END), nomeadamente um plano radiográfico e de END.

Serão igualmente utilizados os procedimentos construtivos e as práticas habituais de acordo com a IACS, no que concerne a limpeza e boa preparação das juntas, distância entre juntas, picagem entre passos e remoção de escórias. Todas as soldaduras serão efectuadas por soldadores qualificados e certificados e será utilizada soldadura manual e semi-automática.

Por outro lado, serão igualmente realizadas demonstrações de boa qualidade das soldaduras e do seu cumprimento com as regras, bem como no que toca a materiais que foram utilizados durante o processo de construção, os quais serão testados e inspeccionados de acordo com as regras da SC, e aprovados pelo armador. No navio não podem ser utilizados asbestos ou outros materiais que contenham amianto ou seus derivados.

Serão evitados trabalhos a bordo que provoquem a projecção de partículas metálicas ou de outros resíduos, depois de o navio estar pintado e os acessórios em aço inox ou aço galvanizado estarem instalados. Os trabalhos de aço, tubos, montagem de acessórios e de outros equipamentos serão executados de forma segura e adequada. Os alinhamentos devem ser efectuados correctamente e os acabamentos serão uniformes.

Por dentro da doca flutuante

A doca flutuante da Pescangola possui uma estrutura soldada, construída em aço de construção naval, (EN 1.0037, vulgo Grau A), certificado por uma Sociedade de Classificação (SC), O dimensionamento dos diversos elementos estruturais foi feito de acordo com as regras de uma SC membro da IACS e todas as chapas e perfis de aço foram, antes de serem utilizados a bordo, igualmente decapados ao grau SA 2,5 e protegidos por uma demão de primário de espera, com a espessura mínima de 30 micra, compatível com o esquema de pintura final a aplicar.

O caixão será sub-dividido em 10 tanques, oito dos quais de lastro e os restantes de retenção das águas provenientes da operação da doca e habilitados de meios de drenagem em quantidade suficiente para evitar acumulação de águas, tanto provenientes das operações da doca como de águas pluviais. As caixas de fundo para a tomada de água salgada dos diversos sistemas foram concebidas e dimensionadas tendo em atenção a sua limpeza.

As caixas serão estruturais e protegidas com grelhas removíveis e possuirão protecção catódica por ânodos específicos. Já as torres laterais são de material idêntico ao do caixão e de estrutura transversal totalmente soldada. No interior das torres laterais foram instalados os restantes tanques (combustível, água potável, entre outros), a casa de máquinas e a das bombas estão a central de comando e espaços para arrumos.

António Silva precisa que no pavimento superior das torres foram instalados, com contentores normalizados de 40 pés, os espaços destinados a apoio logístico e oficinal bem como os espaços habitacionais, permitindo assim uma flexibilidade acrescida quanto a opções e ajustamentos futuros em caso de necessidade.

A doca está equipada com um grupo electrogéneo de 350 kVA, compressores de ar, seis bombas de lastro de oito polegadas e bombas de água doce. Todos os motores eléctricos e bombas que compõem os vários sistemas auxiliares do navio terão válvulas com comando de abertura e fecho local com sistema de arranque e paragem com comando local e remoto no quadro eléctrico principal, além de um contador horário com totalizador de horas.

O sistema foi constituído por encanamentos de poliuretano (poloplast ou equivalente devidamente certificados para utilização em navios) e inclui ainda dois grupos hidróforos equipados com tanques de 25 litros de capacidade. O sistema conta ainda com um cilindro de aquecimento instantâneo para uso da tripulação e operários.

 

Jornal Opais

Jornal Opais

Relacionados - Publicações

Téte António já em Burkina Faso para agenda da União Africana
Política

Téte António já em Burkina Faso para agenda da União Africana

17 de Junho, 2025
Grupo parlamentar do MPLA alinha agenda política para a próxima reunião plenária
Política

Grupo parlamentar do MPLA alinha agenda política para a próxima reunião plenária

17 de Junho, 2025
Garimpo de ouro leva seis pessoas à morte no Huambo
Sociedade

Garimpo de ouro leva seis pessoas à morte no Huambo

17 de Junho, 2025
Detidos supostos marginais acusados de roubo de mais de 1 milhão de kwanzas numa fábrica de blocos
Sociedade

Detidos supostos marginais acusados de roubo de mais de 1 milhão de kwanzas numa fábrica de blocos

17 de Junho, 2025
OPais-logo-empty-white

Para Sí

  • Medianova
  • Rádiomais
  • OPaís
  • Negócios Em Exame
  • Chiola
  • Agência Media Nova

Categorias

  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Publicações

Radiomais Luanda

99.1 FM Emissão online

Radiomais Benguela

96.3 FM Emissão online

Radiomais Luanda

89.9 FM Emissão online

Direitos Reservados Socijornal© 2025

Sem Resultados
Ver Todos Resultados
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo

© 2024 O País - Tem tudo. Por Grupo Medianova.

Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você está dando consentimento para a utilização de cookies. Visite nossa Política de Privacidade e Cookies.