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Taxistas mortos por segurança no Calemba 2 deixam 10 órfãos

Na última sexta-feira, 22, a província de Luanda registou uma tragédia, consubstanciada em triplo homicídio e um suicídio, praticado por um segurança privado de um estabelecimento comercial, sem motivo aparente. Três taxistas de “gira-bairro” perderam a vida no local, deixando um total de 10 órfãos

Romão Brandão por Romão Brandão
25 de Novembro, 2024
Em Destaque, Sociedade

À entrada do bairro “Amor e Paz”, um poste de betão denuncia a tristeza que tomou conta da zona, após os moradores terem perdido três taxistas que tinham o serviço de transporte de passageiros em carros turismo como o único “ganha-pão”.

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Mbuta Futila, de 50 anos de idade, Sobakidi Miguel, de 35 anos de idade, e Gabriel Ferreira, de 60 anos de idade, foram vítimas mortais de disparos de arma de fogo feitos por um segurança (ainda por se identificar), por motivos ainda não esclarecidos.

Este mesmo segurança privado, após disparar à queima-roupa contra os taxistas, tirou a sua vida. Todas as vítimas, com excepção do próprio segurança, viviam no conhecido bairro “Amor e Paz” e, no fatídico dia, estavam à espera de passageiros na paragem próxima (50 metros, aproximadamente) do estabelecimento comercial assegurado pelo autor dos disparos, para percorrerem a linha Pracinha-Vala.

Faltando dois dias para o seu aniversário, Mbuta Futila foi a primeira vítima mortal dos disparos. Mbuta deixa duas viúvas e oito filhos, e era ele quem garantia o sustento da família com o serviço de táxi, após ter ficado sem trabalho por conta do surgimento da Covid-19.

De acordo com o seu irmão, Ntsikalango Pedro, Mbuta trabalhava como pedreiro até antes da Covid, mas, depois disso, decidiu enveredar no serviço de táxi, por falta de emprego e para a família não ficar sem sustento.

“Até agora, continuamos sem entender as motivações dos disparos, porque dizem que o tal segurança, de pé para mão, começou a disparar, e o primeiro a ser atingido foi o Mbuta.

Meu irmão era boa gente, respeitoso e fazia muito boas coisas com os passageiros”, disse. A sua mulher, Madalena Mayamba, com quem teve cinco filhos (o mais velho tem 22 anos e o menor tem dois anos), está inconsolada.

Deitada no chão da sala, confirmou que o sustento da família dependia de Mbuta, o esposo que, com muito carinho e conselho, a tratou enquanto em vida, e que gostava muito de cozinhar.

Morreu o “pai-mãe” de dois filhos menores

A segunda vítima mortal, Sobakidi Miguel, de 35 anos de idade, trabalhava há mais de cinco anos como taxista, como sua única ocupação, para sustentar os dois filhos (de onze e sete anos de idade), que estão sob sua guarda após ter se separado da mulher.

Sobakidi, segundo o seu irmão, Patamo Pedro, era o “pai e a mãe” dos seus filhos, porque a família assim decidiu quando descobriram que “a sua esposa andou a se comportar mal”.

A triste notícia do seu assassinato mexeu com a estrutura familiar, e principalmente com os filhos. “Era o meu puto, era um pilar na família, eu perdi tudo.

A mulher dele estava a andar nuns caminhos que não prestam e preferiu se separar e cuidar dos filhos, além do facto de o casal ter perdido um filho, por conta dessas andanças da mulher. Ele garantia o sustento das crianças com o serviço de táxi”, conta.

Para finalizar, o tio de José da Costa, o senhor Gabriel Ferreira Tavares, de 60 anos de idade, foi a terceira vítima mortal do segurança. Visivelmente consternado com a perda do tio, José conta que Gabriel não tinha filhos nem mulher, vive na sua casa há mais de dez anos e faz táxi há sensivelmente este período.

“Não sei como descrever o Gabriel. Era um amigo, e não digo isso pelo facto de ele ter morrido. Vai ser um vazio enorme, era um conselheiro para todos, e sempre que saísse dizia que iria dar um passeio, porque, segundo ele, há pessoas que só precisam de lhe ver para que estejam melhor”, sustenta ele que, ao recordar, deixou cair lágrimas.

As três famílias foram unânimes em dizer que estão a trabalhar em conjunto para apurar o nome da empresa de segurança na qual estava filiado o autor dos disparos, para que esta se responsabilize dos óbitos, para que haja o “mínimo de justiça”. Importa frisar que o jornal OPAÍS tentou o contacto com a família do segurança, mas sem sucesso.

A informação a que tivemos acesso dá conta que a família está em constante mudança do local do óbito, por medo de retaliação ou revolta popular.

Romão Brandão

Romão Brandão

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