A médica especialista em medicina de trabalho, Sweine Coelho, fez saber que o cancro colorretal, também conhecido como cancro do cólon ou cancro do intestino grosso, parte do corpo que desempenha um papel importante na absorção de água e sais minerais.
Sweine Coelho explicou que é um dos tipos de cancro mais comum nos homens (como o cancro da pele, próstata e pulmão) e nas mulheres (como o cancro da pele, pulmão e mama).
A jovem especialista em medicina de trabalho acrescentou que o cancro em questão é uma das doenças oncológicas mais comuns nos países desenvolvidos e desenvolve-se devido à produção descontrolada de células da camada de revestimento interior do cólon ou do reto.
Sweine Coelho lembrou que o mesmo cancro causou a morte de algumas figuras mundiais, a destacar, recentemente, a cantora brasileira Preta Gil, o astro do futebol brasileiro Pelé e o actor norte-americano Chadwick Boseman, ex-protagonista principal do filme “Pantera Negra”.
“Têm maior risco de desenvolver este cancro pessoas com idade avançada, especialmente acima de 50 anos, histórico familiar da doença, obesidade, sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool e uma dieta rica em carne vermelha e processada, e pobre em fibras”, reiterou.
Sweine Coelho afirmou que o cancro colorretal continua a ser uma preocupação global, com novos dados que revelam um aumento preocupante na incidência em adultos jovens, além de avanços no tratamento, tendo assegurado que estudos indicam um aumento da incidência em pessoas com menos de 50 anos, mostrando um aumento de 11% em novos casos nessa faixa etária nas últimas duas décadas.
“Os sintomas do cancro colorretal podem variar, mas frequentemente incluem alterações nos hábitos intestinais, como diarreia ou prisão de ventre, sangramento nas fezes (que pode ser visível ou não), dor abdominal, perda de peso inexplicada, cansaço constante e, em alguns casos, náuseas e vómitos. É importante notar que muitos casos são assintomáticos nos estágios iniciais, tornando o rastreio fundamental para a detecção precoce”, disse.
Entretanto, Sweine Coelho sublinhou que é importante que a prevenção do cancro colorrectal seja adoptada fundamentalmente pela adopção de hábitos saudáveis como praticar exercício físico, evitar comer grande quantidade de carne vermelha, optando por comer alimentos ricos em fibras e realizar exames para a detecção precoce de pólipos ou lesões no cólon e reto.
“De acordo com as recomendações internacionais, o diagnóstico precoce deve começar o mais cedo possível, mesmo antes dos 50 anos. Contudo, o momento certo depende do risco individual de cada pessoa de desenvolver a doença, pelo que deverá ser o seu médico a avaliar o seu caso concreto e determinar quando iniciar esta rotina”, aconselhou.