A Igreja Católica saudou este sábado, 14, visita do Presidente João Lourenço às obras de requalificação da vila da Muxima, considerando o acto como “necessário e importante” para garantir que os compromissos assumidos com a população se tornem realidade
Foto de Daniel Miguel
Falando em nome da Igreja, o arcebispo de Luanda, Dom Filomeno do Nascimento Vieira Dias, afirmou que a presença do Chefe de Estado “revela a preocupação de quem governa em verificar se aquilo que foi projectado e programado está realmente a ser executado”. O que, segundo disse o presbítero, vai ao encontro das expectativas e anseios das populações.
Para Dom Filomeno, o projecto em curso na Muxima é “de múltiplas valências” – histórica, social e religiosa. No plano social, sublinhou, “é a requalificação de um território, o realojamento de pessoas e a melhoria das condições de vida, o que representa um investimento importante no combate à pobreza e na autoestima das populações”.
Já no domínio religioso, destacou os avanços na construção do santuário, que definiu como “um lugar de espiritualidade e de encontro do homem com o sobrenatural que é Deus”.
O líder da Igreja Católica em Luanda garantiu que os fiéis continuarão a rezar “para que o projecto aconteça com esforço, empenho e sacrifício de todos”.
Empreiteiro aponta constrangimentos, mas reafirma a entrega até Dezembro
Do lado da execução, o consórcio CASAIS-OMATAPALO reconheceu a existência de constrangimentos, mas garantiu estar empenhado em cumprir o plano acordado com o Presidente da República, nomeadamente entregar as 737 casas até Dezembro deste ano.
“Já temos quase 200 casas praticamente concluídas, sendo 164 prontas para o realojamento imediato”, declarou Álvaro Fernandes, diretor-geral da Casais Angola e responsável pelo consórcio, acrescentando que as restantes residências também estarão prontas dentro do prazo estipulado.
Quanto aos atrasos noutras vertentes do projecto, o empreiteiro esclareceu que estão relacionados com o processo de realojamento das populações, necessário para dar continuidade às obras de infraestrutura. “Nesta zona há várias infraestruturas por implementar, mas só avançarão após a movimentação das pessoas para o bairro do Coxe. Este processo já está em curso”, disse.
Álvaro Fernandes admitiu que “os timings às vezes correm menos bem”, mas assegurou que a prioridade continua a ser garantir “o conforto e a dignidade das famílias” abrangidas pela intervenção.