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Senhoras no desporto angolano ainda lutam por igualdade de género

Jornal Opais por Jornal Opais
7 de Março, 2025
Em Desporto
Tempo de Leitura: 5 mins de leitura
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Senhoras no desporto  angolano ainda lutam  por igualdade de género

Amanhã, 8 de Março, o mundo celebra o Dia Internacional da Mulher. No entanto, as senhoras envolvidas no ramo do desporto têm vindo a enfrentar demasiadas dificuldades relativamente à igualdade de género e reconhecimento

Os anais da história dizem que o desporto tem sido um espelho das desigualdades sociais que permeiam as sociedades.

Actualmente, essas desigualdades se manifestam de forma particularmente evidente na participação feminina, visto que as mulheres ainda enfrentam diversos obstáculos que dificultam sua plena inclusão em competições.

Esses desafios incluem a falta de patrocínios, além do facto de serem frequentemente confrontadas com estereótipos que minimizam suas habilidades e contribuições no mundo desportivo.

No entanto, as estatísticas revelam um aumento considerável na visibilidade das mulheres atletas nos últimos anos, especialmente em solo angolano, onde iniciativas têm sido implementadas para promover a sua inclusão em diversas áreas do desporto.

Este crescimento serve de alento, mas ainda está longe do que é esperado por essa franja da sociedade.

Por outro lado, as disparidades salariais entre atletas masculinos e femininos são alarmantes em várias modalidades. Não há dúvidas de que essa diferença traduz uma falta de investimento no desporto feminino.

No país, apenas o andebol, natação e basquetebol têm merecido a atenção de alguns patrocinadores, sendo que as demais modalidades continuam votadas ao esquecimento.

Além disso, muitas federações ainda carecem de políticas eficazes para promover a inclusão feminina nas suas estruturas.

Embora algumas iniciativas tenham sido implementadas para aumentar a participação das mulheres nas decisões administrativas e técnicas deste sector, os resultados permanecem tímidos.

A título de exemplo, existem em solo angolano 24 federações, mas apenas quatro são lideradas por mulheres, facto que exige reflexões a todos os níveis sobre a inclusão das senhoras nos lugares de decisão do desporto nacional.

Trata-se das federações de natação, liderada por Ana Lima, desporto náutico, Paula Lima, ginástica, Mirian Valentim, e ciclismo, Cremilde Rangel.

Vale referir que existe uma associação, a AMUD, liderada por Justina Praça. Entretanto, as mulheres ouvidas por este jornal sublinharam que o país ainda está longe da igualdade de género no desporto e apelaram por maior massificação e apoio institucional.

Cremilde Rangel: “Presença feminina em posições de liderança nas federações representa um progresso notável”

A presidente da Federação Angolana de Ciclismo (FACI), Cremilde Rangel, afirmou a este jornal que a igualdade de género no desporto nacional deixou de ser um problema há tempos em virtude da crescente presença de mulheres em cargos de destaque no sector.

“A presença feminina em posições de liderança nas federações desportivas representa um progresso notável na inclusão das mulheres no cenário desportivo nacional”, começou por apontar.

No entanto, Cremilde Rangel reconheceu que ainda persistem desafios estruturais nas organizações desportivas. “Cada entidade tem suas especificidades e modos de operação. Embora o cenário actual seja positivo, há espaço para melhorias”, explicou.

Considerou que superar essas barreiras exige um esforço colectivo para fortalecer a consciência patriótica entre as mulheres no desporto, incentivando-as a contribuir activamente para o desenvolvimento do sector.

Cremilde Rangel destacou também que essa evolução vai aumentar o protagonismo das mulheres no desporto e exigir valores como humildade, ética e integridade.

“O crescimento deve ser acompanhado por princípios que fortaleçam não apenas as atletas, mas toda a sociedade”, concluiu.

Irene Gonçalves defende maior investimento no desporto feminino

A ex-atleta da Selecção Nacional sénior feminina de futebol, Irene Gonçalves, destacou nesta terça-feira a este jornal a necessidade de ampliar o apoio às mulheres no desporto angolano.

No entanto, apontou avanços em algumas modalidades, mas reforçou que a igualdade de género no sector ainda enfrenta demasiados obstáculos.

Referiu que a massificação da prática desportiva para mulheres é fundamental para alcançar conquistas tanto no continente Berço da Humanidade quanto no Velho Continente.

“Ainda falta muito para alcançar nossos objectivos”. Existem muitos desafios estruturais, como a falta de equipes e recursos, que limitam o crescimento de modalidades além das já consolidadas”, disse.

Segundo a ex-jogadora, o andebol feminino representa actualmente a “maior bandeira” do desporto nacional, servindo de modelo por seu histórico de conquistas a nível mundial. “Essa modalidade mostra que, com investimento e visibilidade, as mulheres podem brilhar”, afirmou.

Irene Gonçalves manifestou a sua preocupação com o basquetebol feminino, que, no seu entender, “já poderia estar num nível acima”.

“São poucos clubes que mantêm clubes profissionais, o que dificulta a formação de atletas de alto rendimento”, revelou.

Além disso, a ex-atleta apontou a falta de infraestrutura, patrocínios e políticas públicas como entraves. “Muitas jovens talentosas abandonam o desporto por falta de oportunidades.

Precisamos mudar essa realidade com projetos de base e apoio contínuo. A mulher angolana já nasce guerreira, e no desporto não foge à regra”, afirmou.

Esperança Caxita: “Ser mulher, mãe e atleta ao mesmo tempo é um desafio constante”

A xadrezista do 1.º de Agosto, Esperança Caxita, fez questão de destacar a necessidade de apoio psicológico e financeiro para que as mulheres possam persistir em suas trajectórias.

“Ser mulher, mãe e atleta ao mesmo tempo é um desafio constante”, afirmou. Ressaltou que, além de dedicarem horas aos treinos e competições, muitas precisam gerir a rotina da casa, o cuidado com os filhos e o papel de esposa, sobrecarregando-as física e emocionalmente.

Esperança Caxita lamentou que “infelizmente, nem todas recebem o apoio dos parceiros”, situação que amplia as dificuldades. “Muitas seguem sozinhas, sem uma rede de suporte, mas mantêm a garra para continuar no desporto”, disse.

Disse que, mesmo com preparo técnico, a falta de apoio psicológico e recursos financeiros inviabiliza o progresso. “Não adianta ter talento se não há condições básicas para treinar, competir ou cuidar da família. Muitas desistem por isso”, explicou.

Em meio aos desafios, Esperança Caxita enalteceu a coragem das mulheres que persistem na prática desportiva. “Elas são exemplos de força. Conseguem fazer o que amam, mesmo em contextos adversos.

As mulheres que sonham um dia abraçar a modalidade para não desistirem. A jornada é dura, mas cada passo vale a pena”, assinalou.

Justina Praça: “Ainda não existe igualdade de género no desporto angolano”

A presidente da Associação Angolana a Mulher e o Desporto (AMUD), Justina Praça, elogiou os avanços do país no empoderamento feminino no desporto.

De acordo com a responsável, Angola tem sido exemplo na promoção da igualdade de género em diversas modalidades, consolidando progressos visíveis nos últimos anos.

Justina Praça considerou que, enquanto no passado o andebol era a única referência, hoje mulheres angolanas se destacam em modalidades de luta, basquetebol e futebol.

“Antes só se falava do andebol, mas agora temos atletas em múltiplas frentes, inclusive em modalidades tradicionalmente masculinas”, afirmou.

Justina Praça destacou as medalhas conquistadas por mulheres em competições internacionais, especialmente em modalidades de combate.

“São mulheres no pódio, ele vando o nome de Angola. Isso reflecte décadas de investimento e mudança cultural”, acrescentou. Segundo a dirigente, o Ministério da Juventude e Desporto (MINJUD), aliado às federações, tem sido crucial nesse avanço.

“A aposta em infraestrutura, formação e visibilidade está dando frutos, mas ainda há muito a ser feito”, ponderou.

Apesar dos avanços, a presidente da AMUD reconheceu que a igualdade plena ainda não foi alcançada. “Não estamos no ponto ideal, mas cada vez mais perto.

O desporto masculino, principalmente o futebol, ainda domina recursos e atenção”, explicou. Justina Praça lembrou que a disparidade salarial entre géneros no desporto é um problema mundial.

“O futebol masculino é um caso à parte, mas não podemos naturalizar a desigualdade. Angola precisa ser excepção.

Trabalhamos para que as atletas recebam o mesmo que os homens, independentemente da modalidade. Isso é dignidade”, afirmou.

 

Por: Kiameso Pedro

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