Os libolenses, tetracampeões nacionais, vão arrancar com os trabalhos de preparação para a nova temporada no dia 6 do mês que se avizinha, com os habituais exames médico
A informação foi confirmada pelo treinador Hélder Teixeira, em declarações a este jornal na manhã desta terça-feira, 22. De acordo com o técnico, o arranque da pré-temporada terá lugar na Vila de Calulo, no Cuanza-Sul, com a base de jogadores da edição passada, uma vez que o clube não deverá contar com reforços para a nova campanha.
“Neste momento, não há espaço para novas contratações. A direcção do clube enfrenta limitações financeiras que já se arrastam há algum tempo”, explicou. Apesar das dificuldades, o treinador mostrou-se optimista quanto ao desempenho do conjunto libolense na época que se avizinha. “Vamos trabalhar com aquilo que temos e tentar tirar o máximo rendimento do grupo.
Acredito que podemos fazer uma época positiva”, afirmou. Para o timoneiro, a manutenção do grupo anterior representa uma oportunidade para dar continuidade ao trabalho iniciado.
O técnico garantiu ainda que os primeiros dias de trabalho serão dedicados à avaliação física dos atletas e à implementação de uma rotina de treinos focada no condicionamento geral do plantel.
O Recreativo do Libolo, que outrora dominou o futebol nacional, procura agora reestruturar-se desportiva e financeiramente, depois de temporadas marcadas por altos e baixos e pela perda de protagonismo no cenário do futebol angolano.
O Recreativo do Libolo, tetracampeão nacional, terminou a última edição do Girabola numa posição modesta e espera agora recuperar o prestígio de outros tempos, mesmo sem reforços de peso.
Na época passada, os libolenses terminaram na décima segunda posição com 30 pontos. Durante 30 jornadas, os comandados de Hélder Teixeira tiveram um registo de seis vitórias, doze empates, igual número de derrotas.
Além disso, obteve a safra de 26 golos marcados e 33 sofridos. De realçar que o Petro de Luanda, agora sob o comando técnico do espanhol Franc Artiga, foi o vencedor da edição passada. Os tricolores tiveram a melhor defesa da competição, visto que sofreram apenas 13 golos.
Por outro lado, perderam apenas por duas vezes, o que reforça a solidez da formação do Eixo-Viário ao longo da competição, que testemunhou as descidas de Santa Rita de Cássia, Carmona do Uíge e Grupo Desportivo Escolinha Isaac de Benguela para a segunda divisão, vulgo “Segundona”.
Kaporal, que representa as cores do Wiliete Sport Clube de Benguela, foi o melhor marcador com 22 gols, sendo que Lito (São Salvador do Kongo) terminou na segunda posição, com 11.
Por: Kiameso Pedro