O presidente da Federação Angolana de Futebol (FAF), Alves Simões, anunciou, nesta terça-feira, o despedimento de 50 funcionários, numa medida que visa reestruturar a instituição
De acordo com o presidente do órgão reitor da modalidade em solo angolano, a medida foi tomada após um levantamento interno que identificou um excesso de colaboradores com funções que não contribuem para o desenvolvimento da federação.
“Tínhamos 150 trabalhadores, dos quais 50 terminaram os seus contratos e não serão renovados. Temos dois meses de salário em atraso. Por isso, vamos reduzir o quadro de pessoal”, começou por dizer.
Durante a conferência de imprensa sobre o balanço da participação da Selecção Nacional de futebol de honras na Taça COSAFA, o dirigente fez questão de sublinhar que os despedimentos não ocorrerão de forma massiva, mas sim por meio da rescisão contratual.
Por um lado, Alves Simões não detalhou as indemnizações a serem pagas aos funcionários afectados. Por outro lado, fechou-se em “copas” quanto à resolução do passivo com os trabalhores, que considerou serem essenciais para o “bem-estar” da instituição.
“Os trabalhadores dispensados não são úteis para a instituição. Vamos dar prioridade aos profissionais considerados essenciais”, acrescentou.
A decisão surge num momento de instabilidade financeira na federação, que acumula entre dois a quatro meses de atraso no pagamento de salários.
Sabe este jornal que a falta de liquidez tem sido apontada como a principal razão para o incumprimento salarial. Alves Simões disse em tempos ter encontrado uma dívida superior a 2 bilhões de kwanzas, após tomar posse.
Por: Kiameso Pedro