A atleta Domiana Sangunga mostrou-se consternada com o caminho que o basquetebol feminino nacional tem seguido. Destacou a necessidade urgente de mudanças profundas na modalidade, sublinhando que a Federação Angolana de Basquetebol (FAB) deve acreditar nas capacidades das atletas. Para Domiana Sangunga, a falta de diversidade nas convocatórias reflecte um sistema que não valoriza o talento fora dos clubes tradicionais.
A atleta apontou que as selecções nacionais são frequentemente compostas pelas mesmas jogadoras, maioritariamente do Interclube e do 1.º de Agosto. “É difícil ver caras novas”, afirmou a atleta, referindo que essa repetição limita as oportunidades para atletas talentosas de outros clubes.
Salientou que essa situação não apenas desestimula as jogadoras, como também condiciona em grande medida o desenvolvimento da modalidade. Além disso, criticou a abordagem actual, onde as atletas de outros clubes são frequentemente vistas apenas como opções para treinos, sem a oportunidade real de competirem em provas internacionais.
“Isso não significa que os outros clubes trabalham pouco”, disse Domiana, acrescentando que a falta de confiança nas jogadoras de clubes com menor expressão constitui um obstáculo para o crescimento do basquetebol feminino nacional. Entretanto, Domiana Sangunga aconselhou a federação a abrir espaço para uma maior inclusão e diversidade nas selecções nacionais.