A jogadora angolana da equipa sénior feminina de andebol do DGSP do Congo Brazzaville, Marcela Paiva, fez saber, ao jornal OPAÍS, que já recebeu convite para representar a selecção da República Democrática do Congo (RDC), bem como aceitaria jogar pelo Congo Brazzaville.
Marcela Paiva, que descobriu a paixão pelo andebol nas aulas de educação física, na província do Namibe, explicou que já fez estágio ao serviço do combinado da RDC, no Egipto, no ano passado. “Não fiz parte da equipa final, depois do estágio obrigada a parar de treinar por motivos pessoais”, frisou.
A pivô, de 28 anos, revelou que o sonho de jogar pela Selecção Nacional está a acabar, apesar disso está aberta para vestir as cores da camisola das Pérolas africanas. “Por isso, eu trabalho arduamente. Aliás, é uma honra para qualquer jogadora representar a nossa bandeira nacional”, disse.
Marcela Paiva, que começou a carreira no Atlético do Namibe, por intermédio do seu tio Francisco Kiko, contou que foi bem recebida no DGSP do Congo Brazzavile, equipa onde milita desde o ano de 2023, uma vez que sentiu-se muito bem abraçada pelas colegas, equipa técnica e membros da direcção do clube.
Quanto ao nível competitivo do campeonato no Congo Brazzaville, Marcela Paiva reconheceu que é muito bom, porque é muito exigente e as equipas trabalham muito o as pecto físico. “Jogar fora da família é algo que já estou acostumada.
Não vejo dificuldades nenhuma, tirando aquela saudade que bate. Devo frisar que, desde mais nova, vivo distante da minha família e, por conta do desporto, em particular do andebol”, explicou.
Marcela Paiva, que conta com o título de campeã daquele país, sublinhou que é possível sobreviver com o salário que recebe no Congo Brazzaville, tendo acrescentado que o DGSP paga melhor que muitos clubes em Angola e na Europa.
A jogadora, com passagem também pela Casa do Pessoal do Porto de Luanda e Progresso Associação do Sambizanga, mostrouse disponível para regressar ao país, caso apareça uma proposta do 1.º de Agosto ou Petro de Luanda. Questionada sobre os projectos que tem em carteira, Marcela Paiva fechou-se em “copas”, mas deixou transparecer que tudo é possível com a ajuda de Deus.