Em véspera das celebrações dos 50 anos de Independência Nacional, o clássico 90 do futebol angolano entre Petro de Luanda e 1.º de Agosto “chama”, neste domingo, os amantes da modalidade ao Estádio 11 de Novembro, na capital do país, às 16:00
O encontro promete ser impróprio para cardíacos, uma vez que reúne as duas equipas mais tituladas da prova rainha do futebol nacional e que carregam décadas de rivalidade dentro e fora das quatro linhas. O primeiro confronto entre ambas as formações ocorreu em 1981, no “velhinho” Estádio dos Coqueiros, na capital do país, com vitória do 1.º de Agosto por duas bolas a uma.
Desde então, o duelo tornou-se uma referência histórica do desporto-rei em solo angolano devido à qualidade técnica e à paixão dos adeptos que transformam o clássico numa verdadeira festa nacional.
O clube do Eixo-Viário chega a este confronto com reforços vindos de Portugal e Brasil, além de manter um percurso invicto nas eliminatórias de apuramento à fase de grupos da Liga dos Campeões Africanos, situação que coloca o clube em posição favorável, mas não definitiva para o desfecho do jogo.
A propósito, jogos desta dimensão costumam elevar o desempenho de todos os jogadores, independentemente do momento de forma individual. No “tapete” verde do Estádio 11 de Novembro, estarão 32 títulos, dos quais 19 conquistados pelo Petro de Luanda e 13 pelo 1.º de Agosto. Além disso, o “trumuno” deste domingo também será marcado por estreias.
O treinador espanhol do Petro de Luanda, Franc Artiga, vai orientar um clássico pela primeira vez no Girabola, sem descurar alguns atletas de ambas as equipas. Do lado do Petro de Luanda, Tiago Reis, João Pereira, Beny e Jó Paciência enfrentam este desafio pela primeira vez, enquanto no 1.º de Agosto os debutantes são Rupson e Malamba Segundo. No histórico de confrontos, o conjunto do Catetão soma 34 vitórias contra 29 do 1.º de Agosto, com 26 empates registados até ao momento.
A turma petrolífera marcou 93 golos, enquanto os militares somam 75 tentos. Relativamente aos melhores marcadores desta prova iniciada em 1979, o Petro de Luanda leva vantagem.
Os seus atletas conquistaram a bota de ouro em quinze ocasiões, com destaque para Jesus, em 1982 (21 golos), 1984 (22) e 1985 (19). Já os rubro-negros contam apenas com quatro jogadores distinguidos com destaque para Carlos Alves, detentor do recorde de golos marcados em 1980 (29), Manuel 1988 (16), Isaac 1999 (16) e Gelson Dala 2016 (23).
De realçar que ambas as equipas chegam motivadas, depois de vencerem na última quarta-feira, na antecipação da sétima jornada da prova rainha do futebol nacional.
O Petro de Luanda derrotou o Interclube por uma bola sem resposta, no Estádio 22 de Junho, mesmo resultado com que o 1.º de Agosto bateu o Bravos do Maquis do Moxico, no França Ndalu.
Por: Kiameso Pedro









