A direcção do 1.º de Maio de Benguela garantiu, ontem, que a equipa tem reunidas as condições financeiras para participar do Girabola 2025/2026
A equipa da rua Domingos Duó, em Benguela, assegura que não vai participar para oferecer pontos, mas competir em pé de igualdade com outros contendores no Girabola 2025/2026.
O Estrela Clube 1º de Maio esteve fora do campeonato da primeira divisão por seis temporadas e, agora, manifesta-se preparado para os desafios que se avizinham – segundo garantias da direcção.
Os dirigentes do clube escusam-se de avançar orçamentos para a empreitada futebolística à vista e dão como certa a renovação do plantel para fazer face àquilo que são as ambições.
“Quanto aos desafios, estamos a nos preparar da melhor maneira possível”, assegura director para o futebol, Fernando Fita. Em Benguela, o Maio vai, à partida, dividir a paixão de adeptos com o arquirrival Wiliete, de Wilson Faria, de quem se diz que, nos últimos tempos, o clube tenha perdido adeptos para este. Homens do desporto antevêem, assim sendo, ambiente futebolístico bastante renhido, na temporada 2025/2026.
O desejo de ver o 1º de Maio (novamente) foi tão evidente a ponto de, num dia antes do 8 de Junho, aficionados terem projectado já a ascensão da equipa à primeira divisão, tendo, no dia D, lotado o estádio para assistir ao jogo que opôs o Maio ao Ferroviária do Huambo. De resto, o que os adeptos mesmo esperam é, digamos, uma equipa capaz de corresponder às expectativas.
A direcção do Maio está consciente de que, em muitos casos, clubes ascendem, mas, ao longo da caminhada, confrontam-se com problemas, sobretudo de ordem financeira, que os têm feito desistir.
Fita pede, pois, que se mantenha a confiança na equipa e não se pense que está incapaz para os desafios. “O primeiro de Maio tem uma organização compenetrada, que está completamente enquadrada naquilo que é a dimensão do clube”, refere.
Por ora, o antigo presidente do Maio, António Moisés, pede aos adeptos que se preste o maior apoio possível à equipa. Entretanto, Moisés desconfia da existência de diligências administrativas para impedir a inscrição da equipa no Girabola.
“Querem prejudicar o Maio na secretaria”, prevê. A posição do homem de desporto é sustentada com o facto de alguns antigos atletas estarem a ser incitados – por pessoas não identificadas – a cobrar dívidas, supostamente contraídas por direcções passadas.
Assim como António Moisés, o antigo trinco do clube nos anos 80/90, Fuso Nkosi, que se manifesta bastante contente com a ascensão, afirma que o que importa, ascendido que o clube está, é trabalhar para ajudar a equipa.
O antigo internacional pelas Palancas egras gostaria de voltar a ver 1º de Maio semelhante àquele que, nos idos anos de 80/90, travava clubes como Primeiro de Agosto e o Petro de Luanda, no Arregaça, de sorte que se tenha criado a máxima de que “no Arregaça ninguém passa”.
Por: Constantino Eduardo, em Benguela