Mais de 300 crianças participaram na V edição do Festival Infanto-juvenil denominado “Nzoji ya Monandengue”, com a apresentação de diferentes performances nas disciplinas artísticas, como dança, música, teatro, acrobacias, jograis, entre outras. O evento decorreu de 14 a 24 do corrente mês, no Palácio de Ferro, e nesta edição homenageou Angola, pela celebração dos 50 anos de Independência Nacional
Amostra, que estará ao dispDurante cerca de cinco dias consecutivas, o evento procurou explorar de forma positiva as qualidades e habilidades dos pequenos nas várias áreas artísticas e do saber. Serviu também de espaço de oportunidade onde as crianças ganharam voz e vez para mostrar as suas valências à sociedade, com encontros directos lhes permitiram crescer, desenvolver suas habilidades, técnicas, desenvolvimento emocional e descobrir os seus talentos.
Solanje Feijó, coordenadora do festival, destacou que nesta edição o evento apresentou muita diversidade cultural, com os pequeninos a serem os protagonistas de todos os cenários e actividades do festival.
Frisou que o festival buscou formas de colocar as crianças no centro de tudo e fazer com que elas despertassem as suas qualidades, valências e/ou talentos nas várias áreas artísticas, interagindo uma com as outras e sentirem que têm espaço na sociedade.
“As nossas crianças actualmente assistem muito conteúdo de adultos, há necessidade de existir um espaço em que elas sintam que têm liberdade, estejam à vontade, e nós criamos este palco especialmente para este fim”, disse a responsável.
Num ambiente de muita brincadeira, alegria, diversão, entretenimento e aprendizado para as crianças, o encontro decorreu sob o lema “Nzoji 2025- Preservemos as nossas conquistas”.
Embora seja um evento que acontece anualmente por ocasião do aniversário da companhia Arte e Sol, o evento nesta edição acontece também por ocasião das celebrações das festividades dos 50 anos de independência nacional, reservando um leque de actividades que espelham a vida do país, desde músicas, poesias, danças e diferentes manifestações culturais para exaltação da identidade nacional.
“A campainha Artes e Sol, sempre faz anos em Agosto, e o festival é organizado neste período para festejar o aniversário da companhia, e como coincidiu com a celebração dos 50 anos de independência nacional reforçamos com a homenagem Angola “, esclareceu.
A responsável manifestou também, que o encontro trás tudo de novo porque a cada edição, contam a participação de grupos diferentes, o projecto teve muita procura de diferentes grupos locais e não conseguiram acudir a todos, na medida em que são apenas três dias de festival e agenda deve ser equilibrada.
Grupo carnavalesco União Povo da Quissama entre os convidados
Com o propósito de impulsionar os pequeninos a ganhar paixão pelas disciplinas artísticas, o evento trouxe ao palco do palácio de Ferro, vários grupos e colectivos de dança, entre os quais consta o carnavalesco União Povo da Quiçama, agrupamento proveniente da província do Icolo e Bengo.
O agrupamento fez-se acompanhar dos seus adolescentes que dançara “Sambalanje”, uma dança carnavalesca típica da Quiçama. Outro convidado foi o grupo de dança do Centro de Formação de Artistas de Caxito (CEFOMART), que passaram a peça “Na floresta os bichos falam”, da autoria da escritora Maria Eugénia Neto. Estiveram também escritores e historiados partilharam alguns momentos marcantes de contos literários com os mais pequeninos.
Cantor destemido
O pequeno cantor, Leonardo Francisco, de 14 anos de idade, levou o público ao delírio com a interpretação de forma destemida da canção “O Mamborro das garotas”, do grande ícone da música infantil dos anos 90, Mamborró (em memória).
“Gosto muito das músicas do cantor Mamborró, participei num dos concursos com esta música e até agora sempre levo comigo”, disse o pequeno artista bastante entusiasmado.
O público não fixou indiferente a apresentação do pequeno Leonardo e levantou-se com aplausos, assobios, e outros em grandes passos de dança. A plateia contou com a participação de vinte crianças do Centro de acolhimento de crianças Lar Kuzola.