Cinquenta escritores angolanos que contribuíram para o desenvolvimento e o crescimento da literatura infantil foram homenageados ao longo do ano, no âmbito do programa “50 Anos, 50 Homenageados”, integrado nas celebrações dos 50 anos de Independência Nacional
A iniciativa é da Biblioteca Comunitária A.S. Leitura ao Domicílio, situado no município dos Mulenvos, homenageou os escritores que escreveram maioritariamente para crianças e adolescentes, nomeadamente Maria Eugénia Neto, Cremilda de Lima, Maria Celestina Fernandes, Akiz Neto, Kudijimbe, Mário Moniz, Ondjaki, Elsa Bárber, Cavisita Lemos, Carla Severino, Domingas Monte, Marta Santos, Mira Clock, Boneca Africana, Alice Berenguel, Ombebwa, John Bela, Serqueira Lopes, entre outros.
O coordenador do projecto, Aniceto da Silveira, Aniceto da Silveira, assegurou que, apesar das dificuldades, o ano de 2025 foi particularmente desafiante e consolidou o Projecto Leitura ao Domicílio como uma iniciativa resiliente, inclusiva e transformadora, lançando bases sólidas em novos desafios para a ambiciosa festa da literatura para o ano que se avizinha. Ressaltou ainda que o grande destaque do ano foi a realização e o culminar do programa “50 Anos, 50 Homenageados”, integrado nas comemorações dos 50 anos da Independência Nacional de Angola.
Referiu que, este programa tornou-se um verdadeiro marco cultural, prestando homenagem a 50 escritores que contribuíram significativamente para a literatura e para a identidade cultural angolana. “O programa “50 Anos, 50 Homenageados” revelou-se, de facto, um verdadeiro espectáculo cultural, culminando numa justa e simbólica homenagem a 50 escritores que dedicam a sua escrita ao público infantil.
Tratouse de um momento marcante, de elevado significado e impacto cultural”, destacou. Segundo a fonte, a programação do projecto teve como responsabilidade a deslocação a residências dos autores, comunidades e contextos familiares diversos, com momentos de reflexão, de leitura de textos e diálogo. “Ao longo do ano, as sessões apresentadas destacavam não apenas a leitura em voz alta, mas também a escuta activa, a partilha de conhecimentos e muito aprendizado”, explicou.
Dificuldades financeiras e logísticas
Aniceto da Silveira disse, que apesar das limitações financeiras e logísticas, o projecto manteve-se firme graças ao empenho dos voluntários, à força da comunidade e ao apoio de parceiros nacionais e internacionais.
O apoio, como o da Associação Kalissoki, sediada em Rennes (França), referiu que foi fundamental ao longo do ano, fortalecendo a cooperação internacional e permitindo intercâmbios culturais, mobilidade e maior visibilidade do projecto além-fronteiras. Destacou igualmente o contributo de instituições culturais, parceiros individuais e escritores que se associaram às actividades.
Cinco anos de resistência
Em 2025, o projecto celebrou cinco anos de existência, reafirmando o seu compromisso com a promoção da leitura, o acesso ao livro e a valorização da cultura literária, sobretudo junto das comunidades e das bibliotecas comunitárias. Deste modo, disse, apesar dos desafios enfrentados, o ano de 2025 foi claramente positivo, assinalando com orgulho os cinco anos de existência, resistência e firme compromisso do Projecto Leitura ao Domicílio com a promoção da leitura.









