Com vista a dar segmento na descoberta de novos autores de ficção em Língua Portuguesa, foram aberta às candidaturas para as inscrições na 3.ª edição do Prémio Literário GGMF, que vão decorrer de 12 do corrente mês até a mesma data de Outubro próximo
As candidaturas são destinadas a todos os cidadãos angolanos, residentes no país, e devem ser submetidas em formato digital através do portal oficial da Fundação www. ggm-foundation.org ou pelo email candidatura@premioliterarioggmf.com, acompanhadas de uma breve biografia do autor e de uma carta de motivação.
O vencedor será divulgado no dia 24 de Dezembro, sendo que a premiação acontece a 24 de Janeiro de 2026, mês de aniversário da Fundação Gianni Gaspar Martin e contará com mesas redondas, lançamentos de livros e sessões de leitura com os finalistas.
Segundo a organização, a abertura oficial da presente edição reafirma o compromisso com a promoção da literatura, da investigação social e do pensamento crítico em Angola e na diáspora.
O Coordenador do Prémio, Edson Nuno disse aOPAÍS que, após terminar o processo de inscrição, começam com a triagem para a escolha das obras que não cumpriram os aspectos que constam no regulamento do concurso.
A selecção das obras, avançou, é feita por uma equipa de jurado competente, constituído por membros do Litteragris que tem como presidente o escritor Hélder Simbad que, segundo ele, tem respondido à demanda.
De seguida, 10 obras vão à final e somente uma será a vencedora. Mas, no âmbito dos 50 anos da Independência, a Fundação vai também dar uma menção honrosa à segunda melhor obra desta edição com a publicação da mesma.
Questionado sobre o impacto desta iniciativa a nível sociocultural, referiu que tem sido positivo, pois acredita que se mantiverem a dinâmica e a seriedade no projecto poderão atingir muito mais pessoas.
“Hoje posso categoricamente afirmar que o Prémio Literário GGMF já é uma certeza no seio dos novos escritores e que todos os anos aguardam sempre para serem também um dos vencedores”, confidenciou a OPAÍS.
Vencedores nas várias edições
Na 1.ª edição, David Gaspar venceu a categoria de prosa com a obra “542 Anos em Coma”. Já na 2.ª, realizada este ano, o escritor Ntony Kunsevi, também conhecido pelo pseudónimo Fwantondwa, conquistou o prémio na categoria de poesia com o livro “A Sintaxe dos Prestígios da Língua”, em destaque entre mais de 80 candidaturas.
Edson Nuno enfatizou que os vencedores não tem tido acompanhamento algum por parte da Fundação, uma vez que depois de conquistarem o prémio, o único aspecto que os une é o contrato da edição da obra que tem duração de um ano.
Lembrou que, na 1.ª edição, na categoria de prosa, tiveram um número considerável, que superou as expectativas da organização. Já na 2.ª tiveram um número a beirar as 100 inscrições.
Este ano, disse, acredita que poderão ter muito mais pessoas a inscrever-se pela credibilidade que o concurso tem transmitido ao público.