Depois da proliferação de conteúdos musicais que carregam nas suas letras mensagem de desrespeito e desvalorização da mulher, incentivando a nudez, ferindo os princípios da moral social, o músico Barroso Manuel, de nome artístico “Tshunami” foi aconselhado pela Organização da Mulher Angolana a melhorar as suas composições musicais e performances em palco
Neste encontro, que contou com a participação da Associação Nacional dos Kuduristas, do Ministério da Cultura e da Direcção Provincial da Cultura, a secretária-geral da OMA, Joana Tomás, referiu que as letras das suas composições musicais transmitem mensagens que desrespeitam e desvalorizam a mulher, incentivam à nudez e contrariam os princípios da moral social.
De igual modo, lamentou ainda o facto de as músicas que mais aparecem a projectar o seu nome serem aquelas em que as letras e imagens pouco abonam a imagem da mulher. “Quando tomamos conhecimento, tomamos contacto e vamos vendo as imagens, a OMA não se pode calar, movimentou-se, accionou as instituições de direito para tomarem a posição de poder suspender ou não o músico”, explicou Joana Tomás.
A secretária-geral da OMA esclareceu que as referidas instituições, na verdade, não suspendem os músicos, mas podem tirar a licença dos promotores musicais, daqueles que promovem espetáculos, quando um artista se tem como alguém que não faz músicas boas que estejam nos seus espectáculos.
“São essas instituições que nós contactamos e juntos conversamos”, sublinhou. Uma vez que o artista vive deste trabalho, Joana Tomás disse que a intenção não foi de coartar o direito de produzir e viver da música, mas alertá-lo para uma postura condigna em palco, na gravação dos seus videoclipes e nas suas composições.
Na certeza de que os conselhos foram acatados, a responsável acredita que “de hoje em diante, ou pelo menos na próxima semana, o músico vai poder voltar então aos espectáculos, poder voltar a ser cartaz”.
Por sua vez, o músico Tshunami reconheceu os excessos cometidos nos seus espectáculos e comprometeu-se a reformular as coreografias e os conteúdos das suas músicas, priorizando o respeito à sociedade em geral e à mulher em particular.