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O movimento que se assume como conservador da matriz cultural africana de raiz

Bernardo Pires por Bernardo Pires
13 de Junho, 2025
Em Cultura, Em Cartaz
Tempo de Leitura: 4 mins de leitura
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Conceituado como um movimento ideológico, sociocultural e religioso, o Rastafári nasce na década de 1930 entre os negros descendentes de africanos residentes nos subúrbios da Jamaica. Actualmente, com influência e representação em quase todo o mundo, o Movimento Rastafári se afirma como uma bússola que ‘resgata os negros’ para voltarem às suas identidades, às suas raízes e essência histórico-cultural africana

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Nascido como um movimento judaicocristão afrocêntrico, o Rastafári (também grafado Ras Tafari) surge na Jamaica, na década de 1930, entre negros descendentes de africanos escravizados que se erradicaram nos subúrbios e bairros periféricos das diversas cidades jamaicanas.

Edificado sob a visão política do activista jamaicano Marcus Garvey, o Rastafári congrega na sua essência o cristianismo, o judaísmo, o nacionalismo negro e a promoção da consciência política pan-africana voltada à difusão e defesa da matriz histórico-cultural de África.

Em Angola, o Movimento Rastafári surge na década de 1980 por intermédio de Mateus Sebastião “Jaz Isaac”, um angolano natural de Malanje que viajou à Jamaica para aprender sobre as raízes do movimento junto das várias comunidades africanas espalhadas por aquele país da América Central.

Após regressar a Angola, isto em 1989, quase quinze anos após a independência nacional, Jaz Isaac cria a primeira comunidade de rastafári, que actualmente tem a designação de AMORA (Associação do Movimento Rastafári em Angola).

A 10 de Dezembro de 1994, em Luanda, é declarada a proclamação oficial da AMORA, enquanto organização sociocultural e filantrópica, com a sede a funcionar no bairro Operário.

O reconhecimento institucional da organização pelas instituições do governo permitiu ao movimento alastrar o nível e o paradigma de actuação, tendo com isso, no intuito de melhor organizar e estruturar o seu método de acção, criado o estatuto do movimento que veio a ser instituído em 2003.

Despertar a consciência africana

Despertar a consciência africana e defender a ancestralidade é apontado como um dos principais focos do movimento que se encontra representado a nível das 21 províncias do país.

Para melhor compreender o modo de actuação e os propósitos do movimento, o jornal OPAIS foi até ao bairro dos Kwanzas, no município de Cacuaco, na capital Luanda, ao encontro de Carlos Augusto, ancião geral da AMORA e principal entidade superior do movimento a nível nacional.

Em conversa com a nossa equipa de reportagem, Carlos Augusto “Ancião” começou por explicar que o movimento nasce da necessidade de “resgatar os negros africanos” espalhados pelo mundo para se voltarem às suas raízes culturais.

Através da AMORA, a organização diz estar a trabalhar para o despertar das consciências africanas, no sentido de fazer compreender à juventude angolana que é preciso despertar-se e voltar às suas origens, às suas raízes e resgatar a essência enquanto africanos genuínos.

“Somos um movimento que estuda e pesquisa a verdadeira essência da matriz africana, trazemos a tona a verdade daquilo que o colono escondeu ou tentou apagar para nos afastar das nossas origens, das nossas raízes e daquilo que nos liga aos nossos antepassados”, afirmou o ancião.

Promover a africanidade de raiz Com actuação em várias esferas da sociedade, com maior incidência no campo social, artístico e cultural, o movimento sublinha que luta para promover a cultura africana de raiz em qualquer canto do universo.

Desde a vestimenta, a apresentação visual e os artefactos usados nas suas actividades, a AMORA, segundo o seu ancião, representa a matriz da cultura africana e busca o ‘casamento perfeito’ entre a antiguidade e a sociedade actual, respeitando os valores instituídos pela ancestralidade.

“Somos defensores da cultura, da história, da tradição e até da ciência africana”, ressaltou com orgulho o interlocutor. Sublinhou que, antes da chegada do colono, África já tinha a sua própria civilização, com povos e reinos devidamente estruturados. “Tínhamos os nossos reinos (Estados) e os nossos governos eram unidos”, acrescentou.

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Bernardo Pires

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