O produtor, cineasta e repórter de guerra Nguxi dos Santos prepara-se para lançar o seu primeiro livro de memórias, intitulado “Nguxi e a Guerra em Angola”, num encontro de visões aliadas e divergentes sobre o conflito pós-independência
O volume de 250 páginas, está dividido em três partes, fala sobre a guerra que devastou o país, realçando no seu primeiro capítulo o Irromper da Guerra Pós-Independência: 1975. No mesmo capítulo, o autor faz ainda menção ao contingente beligerante nacional — a divisão do território angolano, o mapeamento das zonas de combate — por dentro da linha de fogo, o testemunho das forças armadas angolanas, o grau de combatividade das FAPLA, assim como da UNITA.
No segundo, o escriba realça a Internacionalização da Guerra e Cooperação Externa, a Cooperação e participação Militar de Cuba, o testemunho das forças armadas cubanas, a participação e o envolvimento sul-africano, o grau de combatividade dos apoiantes de cada lado, bem como Cuito Canavale – A Libertação da África Austral.
No terceiro e último capítulo desta obra, Nguxi dos Santos fala da construção de um país em guerra, da participação dos acadêmicos cubanos no ensino em Angola, da voz e da vez da imprensa angolana e cubana, da guerra aos olhares da sociedade civil angolana, de Bicesse, de Lusaka e do Memorando de Entendimento do Luena, bem como da consolidação da paz e da unidade nacional.
O primeiro conflito
O autor faz uma incursão no tempo, recordando o primeiro conflito ocorrido com a chegada dos portugueses em Angola, em 1482, com uma mão de cooperação, amizade, entre outros aspectos. A história de Angola ainda é caracterizada como um mar envolto a diversos mistérios e contextos, inspiradores e tenebrosos.
Nesta incursão, corajosamente realizada por Nguxi dos Santos, são apresentadas experiências de militares, professores, jornalistas e outros profissionais, abordando a bravura dos angolanos, a relação entre Cuba e Angola, a importância estratégica de batalhas como a de Kuito Cuanavale e a complexidade das relações internacionais durante o conflito.
“A divisão do território angolano em relação ao contingente beligerante nacional é um assunto de extrema relevância para a compreensão das dinâmicas sociais, políticas e econômicas que moldaram a história recente do país”, realçou o autor.
			




							



