O espaço cultural C.O.Nascimento Jazz Club vai celebrar hoje o seu 1º aniversário com a realização de um concerto musical onde vai reunir artistas fazedores deste género, às 21 horas, no referido local, situado na estrada principal do Patriota.
Artistas como Nino Jazz, Mário Gomes, Luís LR, Osmar Gross, Rigoberto Fresquest e Esperança Mirakiza, que juntos formam o Projecto Etokeko Jazz, vão apresentar vários ritmos que compõem este estilo musical para brindar o público.
Em resposta ao Jornal OPAÍS, o responsável do evento, Dino Gross, descreveu que, ao comemorar o aniversário da casa, decidiram trazer o tema jazz, de modo a valorizar o projecto sobre o estilo e provar ao universo cultural que é possível, sim, ter uma casa de música jazz em Luanda.
“Não existem muitos espaços em Luanda que nos proporcionem a música jazz. As expectativas são enormes, pelo simples facto de os ingressos estarem esgotados”, frisou.
Avançou ainda que a selecção da banda convidada foi pensada de forma estratégica, uma vez que estes encontram-se na linha da frente do projecto, que entendem da matéria e sabem fazer muito bem o seu trabalho.
Neste primeiro ano de trabalho, vários artistas subiram ao palco para animar o público amante do jazz. Dino faz um balanço do evento positivo, por poder proporcionar às pessoas um espaço onde encontram a música jazz.
“Porém, podia ser melhor. Reconheço que deveria ter mais pessoas, pelo subsídio que temos vindo a dar no aspecto do entretenimento e da cultura”, sublinhou. Por outro lado, disse, o espaço pretende manter os seus ‘amantes’ e despertar novos talentos e apreciadores do estilo, tendo como foco a valorização do jazz na capital do país. Para as próximas edições, pretendem trazer novos talentos da nossa praça, uma vez que vários consagrados já passaram pela casa.
Sem querer estar fora da festa dos 50 anos de independência nacional, almejam levar referências do jazz neste palco, para, assim, ajudarem a celebrar a ’Dipanda’ da melhor forma possível, com foco nas novas vozes que pouco se ouvem no nosso mercado. “Existem muitos bons talentos por aí que não têm palco”, sublinhou.
Desafios
Dino Gross reconhece que não é uma tarefa fácil realizar eventos do género, mas que têm conseguido por serem 100% autossustentáveis. “Temos andado com os próprios pés, pois temos toda uma infraestrutura e uma folha salarial a cumprir”, destacou.
Por outro lado, considera as possíveis parcerias bem-vindas, para melhor organizar os eventos que têm contribuído para o engrandecimento da cultura nacional. “Gostaríamos de ter parceiros, sendo que ninguém caminha só. Desde que estes se alinhem naquilo que é o propósito maior: contribuir para o entretenimento e a valorização da música.