O Memorial Dr. António Agostinho Neto (MAAN), localizado na Praça da República, em Luanda, reafirma o seu compromisso com a dignificação da memória do Fundador da Nação, através de acções que abrangem investigação científica, promoção cultural, preservação do espólio e formação artística
O director-geral da instituição, António Fon seca, ao falar do espaço neste mês dedica do ao ‘Herói Nacional’, disse que o MAAN acolhemen salmente cerca de 5.000 visitantes e serve como palco de eventos oficiais e culturais, incluindo visitas de Chefes de Estado, conferências, exposições e cerimónias pro tocolares.
O responsável destacou que as linhas de acção do MAAN estendem-se à protecção, valorização e divulgação do próprio Memorial, enquanto espaço de referência nacional. Além disso, a instituição tem desenvolvido programas de
aproximação ao público por meio de eventos, cursos e palestras nas áreas das artes, ciências humanas e sociais, com foco também em actividades dirigidas às crianças e jovens, incentivando o interesse pelas artes e cultura.
Um dos principais eixos de actua ção do MAAN é o estudo do pensa mento e da obra de Agostinho Neto, bem como a ampliação e preservação do seu espólio.
Neste contexto, têm sido realizadas diversas iniciativas, como a revisão dos seus discursos sobre cultura nacional e literatura, devido a falhas e imprecisões em transcrições anteriores.
Entre os esforços de ampliação do acervo, destaca-se a aquisição do Processo de Querela de Agostinho Neto, no Arquivo Distrital do Por to, e documentos obtidos nos Arquivos da PIDE — um trabalho em curso que visa esclarecer aspectos históricos e enriquecer a documentação disponível.
António Fonseca destacou ainda a criação da Revista Memorial, onde têm sido publicados artigos científicos e documentos relevantes, que ajudaram a clarificar a cronologia da obra poética de Agostinho Neto, nomeadamente: “4 Poemas” (1957, Póvoa de Varzim); “Poemas” (1961, Casa dos Estudantes do Império); “Com os Olhos Secos” (1963, Milão, em italiano); “Sagrada Esperança” (1974, Lisboa, Livraria Sá da Costa); “A Renúncia Impossível” (1982, Luanda, INALD); “Amanhecer” (póstumo).