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Livro “Ulembi-Escravo”, de Aníbal Simões, explora resistência e resgata a cultura nacional

O escritor angolano Aníbal Simões lançou, recentemente, o seu livro Ulembi-Escravo, na Universidade Católica de Angola (UCAN), uma obra que mistura ficção e história para reflectir sobre o sofrimento e a resistência dos negros durante a escravidão. Com mais de 340 páginas, o romance histórico é uma rica contribuição para a literatura angolana, além de representar um resgate de valores culturais e identitários do país

Maria Custodia por Maria Custodia
13 de Janeiro, 2025
Em Cultura, Em Cartaz
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
0

O título da obra, Ulembe, vem da língua Umbundu e significa “chuva que dura o dia inteiro”, um símbolo de resistência, resiliência e perseverança. O romance é marcado por uma narrativa que, embora fictícia, é inspirada em factos reais, incluindo histórias contadas pela avó do autor, Rebeca Sole, em suas longas conversas ao redor da fogueira.

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A história segue o jovem Ulembi, um rapaz da aldeia de Halavala, situada antes da existência do município de Bailundo. Ulembi se apaixona pela princesa do rei Ndulu, mas, na época, para um jovem se relacionar com a filha de um rei, era necessário cumprir certos rituais tradicionais da região, os quais não seguiu.

Quando a família real descobre o romance, reage com raiva e faz com que Ulembi seja preso. O jovem é enviado em uma caravana para Benguela, onde descobre que foi condenado à escravidão.

Quando percebe a gravidade de sua situação, tenta escapar para o Reino da Matamba, onde conhece a rainha Nzinga Mbande. No entanto, sua fuga é frustrada e acaba sendo levado para as Américas, onde passará o resto de sua vida como escravo.

Processo de escrita e a reflexão

O autor dedicou cerca de sete anos para escrever Ulembe-Escravo, um trabalho que envolveu intensa pesquisa histórica, além de uma forte carga emocional. Simões explicou que o livro não é apenas uma história de sofrimento, mas também de força e identidade.

Ao escrever, procurou dar voz aos negros que foram silenciados pela história, revelando não apenas os horrores da escravidão, mas também a resistência e a coragem que marcaram a trajetória dos escravizados.

O autor também destacou a importância de abordar a escravidão de uma perspectiva interna, ou seja, a partir da visão dos angolanos e africanos, em vez de seguir a abordagem frequentemente ocidentalizada do tema.

“Queria escrever um livro que contasse a história de um escravo, com ele próprio como o narrador de sua própria dor e luta”, afirmou Simões, tendo ainda comentado que, ao longo do processo, foi necessário mergulhar nas emoções e nas experiências psicológicas dos escravizados, o que, por vezes, o levou a se sentir profundamente deprimido.

Inspiração e fontes históricas
A inspiração para a obra veio, em grande parte, dos relatos de sua avó materna, Rebeca Sole, que compartilhava histórias sobre a vida em Halavala e sobre um jovem que, mais tarde, inspiraria a figura de Ulembi.

Essas memórias foram fundamentais na construção do enredo, mas Simões também complementou os relatos familiares com uma pesquisa aprofundada sobre as caravanas de escravizados e as práticas culturais do povo Ovimbundu, de onde ele descende.

Simões explicou que, no contexto da sociedade tradicional angolana, os idosos geralmente terminam seus dias na casa de uma das filhas, o que teve um grande impacto em sua formação cultural e literária.

Sua convivência com sua avó foi um marco, pois transmitiu uma rica herança cultural, contada em detalhes nas longas noites de conversa à beira da fogueira.

Recepção da obra e planos de distribuição Pelo seu conteúdo, o lançamento do livro foi bem recebido tanto por leitores quanto por personalidades da literatura angolana.

O secretário-geral da União dos Escritores Angolanos (UEA), David Capelenguela, afirmou que UlembeEscravo é mais uma grande contribuição para a literatura do país.

Referiu que, a obra representa um importante manancial cultural e literário e elogiou o autor por abordar um tema tão relevante, especialmente considerando os 50 anos de independência de Angola.

Em termos de distribuição, a editora Soletrar anunciou que a tiragem inicial será de 1.000 exemplares, com a primeira leva de livros já vendida em grande parte, devido à alta demanda das prévendas. Moisés Candumbo, da coordenação editorial da Soletrar, informou que uma nova remessa será preparada para atender à procura crescente.

Maria Custodia

Maria Custodia

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