O escritor e jornalista Jaime Victorino Azulay vai lançar, no dia 29, na cidade de Benguela, um livro intitulado “Benguela a Ferro e Fogo: Memórias das Guerras de 1992/93”, uma obra que reporta as situações vividas naquela província na época da guerra civil que assolou o país por cerca de vinte anos
A obra, que tem mais de 290 páginas e cerca de três dezenas de fotografias, será lançada no Museu Nacional de Arqueologia, na província de Benguela, pelas 10h, no âmbito das festividades da cidade de Benguela, que arranca na penúltima semana do mês de Maio.
Prefaciada pelo também jornalista Luís Costa, o livro reporta em textos e imagens as memórias do conflito armado que arrasou sobretudo o sul do país durante cerca de 20 anos, cujo acto de paz e calar das armas veio a se consumar em Abril de 2002.
O autor explica que a obra não tenciona trazer à tona apenas as “tristes e amargas” memórias da guerra, mas convida a uma reflexão da importância que tem a paz e ajuda a impulsionar o espírito de reconciliação e irmandade entre os filhos da mesma pátria.
“Exprimo o ardente desejo de que, neste processo de rememoração, descrito ao longo das quase trezentas páginas, encontremos não apenas a dor lancinante, mas igualmente o potencial que se transforma em esperança para a definitiva terapia e para a reconciliação genuína entre os angolanos”, afirmou o autor.
Afirmou que as lembranças do passado, apesar de dissaborosas, devem ser reconhecidas e compreendidas com honestidade para a construção de um futuro cada vez mais brilhante para o país.
O escritor ressaltou que, com a obra, pretende fazer uma homenagem às milhares de vítimas que perderam as suas vidas nestes conflitos e honrar as suas memórias com a preservação da paz e da reconciliação nacional.
“Através da partilha destas memórias, fazemos um tributo àqueles que sofreram e àqueles que ainda lutam por um amanhã melhor.
Que possamos honrar as suas vidas, aprendendo com o passado e a trabalhar juntos por um presente de paz e solidariedade”, reforçou.
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