A histórica cidade de M’Banza Kongo, capital do Zaire, vai estar no epicentro da 28.ª edição do Festival da Canção de Luanda, promovido pela emissora Luanda Antena Comercial (LAC), a decorrer a 19 de Setembro próximo, nas instalações da emissora radiofónica, em Luanda.
Nesta edição, o festival, que visa enaltecer a canção feita por artistas profissionais ou não, quer enaltecer a cidade considerada património da humanidade, destacando alguns pontos históricos e marcos culturais daquela cidade.
Segundo a organização do festival, a produção do evento e os 10 concorrentes finalistas têm agendada uma excursão à cidade de M’Banza Kongo, prevista entre 29 e 31 deste mês, a fim de tomarem contacto directo com este local histórico, elevado a Património da Histórico da Humanidade, em 2017, pela UNESCO.
De acordo com Carla Romero, directora executiva do festival, a escolha de M’Banza Kongo justifica-se por representar todos os angolanos na escala de bens reconhecidos mundialmente, visto que o propósito é fazer uma homenagem a Angola de forma diferente.
A organizadora explica que a escolha da cidade como tema central do evento tem a finalidade de estimular as visitas à cidade, a pesquisa e o interesse em conhecer e/ou explorar a grandeza histórica e cultural daquela região que foi a capital de um dos mais poderosos reinos do continente africano entre os séculos XVI e XIX.
Conferências e debates
Antes mesmo da excursão turística à capital da província do Zaire, a organização do festival irá promover uma conferência didática que vai abordar vários temas inerentes à história, à cultura e aos desafios presentes da cidade de M’banza Kongo.
A primeira vai abordar a dimensão histórica da cidade de Mbanza Kongo e está agendada já esta quinta-feira, no Hotel Epic Sana, que terá como prelectores a renomada historiadora Rosa Cruz e Silva e o director do Centro Histórico de Mbanza Kongo, Biluka Nsegna.
A segunda conferência está marcada para o dia 3 de Setembro, no mesmo local, e vai debruçar-se sobre a vida e a obra do artista angolano Manuel de Oliveira “Mayunga”, antigo integrante do conjunto musical São Salvador, que é apontado como um dos percursores da rumba congolesa. O estilo foi também elevado à categoria de património cultural da UNESCO.