Dezasseis obras de pintura a óleo sobre tela compõem a mais recente exposição do artista plástico Aurélio Nivas, intitulada “Sonhos e Reflexões, a ser inaugurada hoje, às 9 horas, na Galeria Tamar Golan, Ilha de Luanda
O primeiro aspecto desta criação artística consiste nos sonhos que, sentido clássico da palavra, são experiências mentais que ocorrem durante o sono, ao passo que a reflexão incide num processo cognitivo de análise e consideração sobre algo.
O autor da exposição, Aurélio Nivas, interpelado por OPAÍS, referiu que a mostra tem como objectivo, explorar a temática dos sonhos, utilizando referências artísticas e reflexões sobre a sua natureza, de modo a inspirar o público a refletir sobre os seus próprios desejos e aspirações.
Procura traduzir sonhos em imagens, palavras e acções, encorajando as pessoas a diligenciarem os seus objectivos com criatividade e determinação para o momento surreal.
O artista sublinhou que, literalmente, “Sonhos também podem ser interpretados como Reflexos de desejos, medos e experiências vividas, conscientemente e inconscientemente.
Referiu que a colecção possui referências importantes no cenário das artes plásticas angolanas, sobretudo no seu quotidiano. Aurélio Nivas realçou que a principal referência desta a colecção “Sonho e Reflexões” é o livro “Memórias, Sonhos, Reflexões” postumamente.
A obra é uma autoanálise do autor e explora temas como o desenvolvimento da sua psicologia, as suas viagens, as descobertas e a formação da sua visão de mundo, incluindo a sua relação com o inconsciente.
Dinamismo crescente
Questionado quanto ao dinamismo implementado pelos jovens no domínio da arte, Aurélio Nivas, considerou que a cena artística emergente em Angola, particularmente em Luanda, é crescente, com jovens a explorarem novas formas de expressão e a utilizarem a arte como ferramenta de comentário social e transformação.
Já no que à preservação e expansão da arte se refere, o artista considerou ser crucial investir na formação do pessoal qualificado para museus, promover a preservação de edifícios históricos e publicar colecções.
“Para preservar a arte angolana, é crucial investir na formação do pessoal qualificado para museus, promover a preservação de edifícios históricos e publicar colecções”, disse Aurélio Nivas, advogando o incentivo a colaboração entre artistas de Angola e de outros países, como a Alemanha, para o desenvolvimento de projectos sobre a História das Coleções e seus Objectos.
“A arte angolana, rica em esculturas de madeira, bronze, marfim e cerâmica, também precisa ser estudada e divulgada, valorizando a diversidade das expressões culturais de cada etnia”, frisou.
Não obstante essa mostra, o artista já trabalha na próxima, a ser apresentada, a que se seguirá em breve, uma outra, com o título “Detalhes”, onde exibirá somente o Hiper Realismo.