A obra, marcada por imensos aplausos, sorrisos e delírios do público fascinado pelas artes cénicas, foi exibida pela primeira vez pelos actores Adelino Caracol e Luís Kifas
A Companhia de Artes Horizonte Jinga Mbande exibiu este fim-desemana, no Auditório da Escola com o mesmo nome, a peça teatral “O Alfaiate”. A peça, que teve neste fim-de-semana, três sessões, tendo a primeira ocorrido na sexta-feira, igual sessão no sábado e no domingo, contou com Maria Andrade, na contra-regra, e um elenco constituído por David Enoque, Aldimiro Benjamin, Teresa Rodrigues, Boaventura Miguel, Melissa Gamba e Ana Famorosa.
A obra, sob direcção executiva de Adelino Caracol, Aldimiro Benjamin, na Assistência de Produção, Nario Sá Pinto e Daniel Domingos, no Cenário-técnica, com figurinos de Daniel Domingos e Anselmo Matabicho, teve a duração de 38 minutos.
Trata-se de um conto de honra manchada, de justiça por um fio, e de homem que procura reescrever o seu destino ponto por ponto. A peça não é apenas a história de um homem mal compreendido, mas sim o espelho de uma sociedade apressada a julgar e lenta a responder.
Segundo a produção, é um romance que desafia as aparências e, ponto a ponto, constrói uma verdade mais profunda sobre identidade, classe e o preço de se defender.
O assistente de produção do evento, Aldimiro Benjamin, convidado a comentar o evento, afirmou ao jornal OPAIS, que a peça foi protagonizada pela primeira vez, há 38 anos, pelos actores, Adelino Caracol e Luís Kifas, o conhecido Sidónio.
O actor recordou que a peça ressalta um bairro onde o tempo ainda se cose a mão. Uma zona onde vive um alfaiate de gestos precisos e silêncios antigos, acrescentando que é neste mesmo bairro onde se vê um enredo, uma teia de olhares maliciosos e palavras tortas.
Referindo-se ainda ao mesmo alfaiate, o interlocutor recordou que muitas vezes, a medida mal tirada para a confecção de algumas obras, nem sempre era tirada do corpo, mas sim, de uma intenção.