A obra literária intitulada “Muangana”, do escritor angolano Pedro Lukoki, de pseudónimo literário Sá Kandumba, será lançada a 27 do mês em curso, a partir das 15 horas, nas Irmãs Paulinas, em Luanda, em acto que pretende apresentar o trabalho a amigos, familiares, estudantes, escritores, académicos, especialistas na matéria, entre outros
A obra literária conta com 201 páginas, sob a responsabilidade da editora Muenhu, narra uma novela, é a terceira de sua autoria. A obra apresentada na língua Kimbundu significa separação, confusão, problemas, entre outros. Também ganha a sua expressão na língua Cokwe, Umbundu entre outros.
Pedro Lukoki disse que “Muangana” foi inspirada em factos reais no domínio do fenómeno religioso, principalmente a proliferação de seitas religiosas, as mensagens sobre o evangelho da prosperidade, a extorsão de dinheiro e outros bens materiais, bem como a propaganda enganosa de certos líderes em nome de Deus.
Ressaltou ainda que o livro narra a história de uma família que, durante muitos anos, num período de geração a geração foi destruída, cheia de conflitos, separação, acusações de bruxaria, entre outras práticas que lesam o desenvolvimento psicológico e social daquele agregado.
Na medida em que um dos membros da família acreditava numa determinada crença religiosa e nos seus líderes máximos, que apregoavam pela prática do feiticismo. “A família é um baluarte de paz, amor, alegria, união e não um palco de confusões’’, destacou.
No seu ponto de vista, actualmente, muitas famílias também vivem em profundos conflitos de separação por conta de acusações proferidas por uma seita ou um líder religioso.
Alerta sobre a problemática Considera que o livro vem alertar mais uma vez sobre esta problemática, que tem causado a desestruturação das famílias que são consideradas como a reserva moral do estado.
Manifestou que a sociedade em geral deve estar atenta para estes tipos de conselhos maus que em nada dignificam para a saúde mental, espiritual, financeira e social de todos.
Porque, quando uma família está mal, é a sociedade e o país que perdem. Pedro Lukoki convida a sociedade em geral no sentido de participar do evento e adquirir o livro, que vão gostar imenso.
Decisão do executivo sobre as igrejas é louvável Por outro lado, o também professor, Pedro Lukoki, manifestou a sua satisfação quanto à decisão saída da Assembleia Nacional (AN), sobre as igrejas.
Defende que, quando se fala de igrejas, é um tema muito sensível, a medida que a decisão veio um pouco tarde, mas é louvável. E deste modo deve-se trabalhar com rigor na fiscalização para o cumprimento escrupuloso.
“A Assembleia Nacional, dentre outras medidas, diz que os pastores devem ter licenciatura no curso de teologia e não admite o culto de igrejas realizado nos quintais das casas”, é uma boa iniciativa”, destacou.
Admitiu que não se pode continuar a aceitar que qualquer pessoa sem conhecimento da matéria diz que é pastor e vem enganar os nossos irmãos, é inadmissível que em qualquer esquina e quintal tenha bancos com tenda porque é igreja, é importante evitar que mais pessoas levem chapadas na cara sem nenhum respeito por aqueles que dizem ser pastor.