O artista plástico angolano Patrício Mawete, falecido em 2023, será homenageado, a título póstumo, pela segunda vez, por um grupo de 10 artistas plásticos angolanos, numa exposição colectiva que terá lugar na quinta-feira, 11, na Galeria Tamar Golan, a partir das 19 horas
Amostra surge como expressão de gratidão pela bondade e generosidade de Patrício Mawete, sentimento partilhado por todos aqueles que conviveram com o artista ao longo da sua vida. Segundo Dudu Sapate, um dos dez artistas participantes, a ideia da homenagem nasceu do reconhecimento de que o “Mestre Mawete”, como era carinhosamente tratado pelos seus formandos, foi a figura que os incentivou a enveredar pelo mundo das artes.
Por essa razão, considera ser “uma obrigação do colectivo” realizar esta exposição como sinal de agradecimento pelo contributo que o mestre deu às suas carreiras. Sapate recordou que Mawete foi para si “como um pai”, o homem que o ensinou a arte de pintar, sobretudo nos momentos em que já não via rumo nem esperança. “Penso muito nele. Se hoje estou neste nível, com participações fora do país, é por causa dele.
Durante todo este tempo, tenho reflectido muito sobre o ofício que ele me transmitiu”, afirmou com nostalgia. De acordo ainda com Sapate, os 10 artistas que com ele partilharam o trabalho e a vida vão apresentar obras que percorrem vários estilos, desde composições figurativas, abstractas e semifigurativas, permitindo que cada criador expresse a sua visão de acordo com a sua sensibilidade e pensamento. Para o artista plástico Diogo Domingos, esta segunda homenagem reflecte a profunda amizade que existia entre Patrício Mawete e os seus formandos, uma ligação forte, “que nada poderia abalar”.
“É a bondade de Patrício Mawete, sentida por todos os que se aproximaram dele, que hoje nos mantém fortes e unidos em torno de um mesmo propósito”, lê-se numa nota enviada ao jornal OPAÍS.
Diogo Domingos sublinhou que a relação com Mawete ultrapassou fronteiras, tanto no plano profissional quanto no familiar, destacando que o homenageado “jamais será esquecido”, pois é reconhecido como um verdadeiro mestre. “Como ele dizia: ‘Eu sou Pacaça, nada de recuar, vamos avançar’.









