A Directora Provincial da Cultura de Luanda, Tatiana Mbuta, destacou o simbolismo desta 6.ª edição do Festival Tchole de Arte e Cultura, descerrada na passada sextafeira, 5, no Palácio de Ferro, em Luanda, que homenageia as conquistas culturais da independência nacional, proclamada a 11 de Novembro de 1975
Segundo a responsável, este festival temse afirmado como um importante espaço de valorização da diversidade cultural angolana, unindo tradição e inovação, com foco especial na juventude. Durante o evento, foram promovidas diversas actividades culturais, como exposições de artes, declamação de poesia, exibição de teatro, espectáculos de música e de danças, bem como debates culturais.
“Este festival é um exemplo de resgate, valorização e promoção da nossa cultura, preservando a herança dos antepassados e projectando às novas gerações com criatividade, inovação e ousadia”, observou.
Tatiana Mbuta, que proferiu o discurso de abertura do evento, aproveitou a ocasião para enaltecer o esforço da organização, uma vez que este festival se tornou num espaço de encontro, de partilha e de afirmação de identidade cultural.
A actividade foi prestigiada com a presença do Vice-Governador para o Sector Político e Social, Manuel António Gonçalves, e outras entidades ligadas ao sector cultural, que assistiram à distinção de diversas personalidades pelo seu contributo à promoção e valorização da cultura nacional.
Durante o evento houve ainda um concerto musical vibrante, que contou com a participação de artistas de renome, como Beto Bungo, Tito Cissek, Namanhonga e Carlos Lamartine, proporcionando momentos de grande emoção e celebração.
O Festival de Cultura e Arte “Tchole” tem como objectivo valorizar a cultura angolana e dar maior visibilidade às artes cénicas, garantir espectáculos de qualidade e um intercâmbio entre os artistas.
O evento decorrerá de 5 de Setembro a 8 de Novembro, com abertura na Província de Luanda e encerramento na Província do Moxico, num verdadeiro percurso cultural que celebrará o talento jovem e as expressões artísticas de todo o país. Segundo a organização, a proposta é percorrer múltiplas regiões, celebrando o talento juvenil e diversas expressões artísticas nacionais.
Estrutura artística e homenagens
Assim como nas edições anteriores, nesta serão homenageadas várias figuras do mundo artístico e cultural pelo seu contributo no desenvolvimento do país através do trabalho que desenvolvem.
A 5.ª edição (2024) contou com espectáculos de artistas como Santos Católica, Sabino Henda, Tito Cissek e Vozes do Nambua, além de disciplinas como dança, literatura e artes visuais. Houve exposições, feiras, workshops e apresentações em locais diversos da cidade de Luanda — acções que são esperadas na presente edição.
“Tchole” é um termo da língua Cokwe, que significa “força” — no sentido de avançar para um amanhecer melhor. O festival busca ainda valorizar a cultura e identidade angolana em todas as suas facetas, sendo organizado desde 2019 pela Companhia de Artes Njila, com outras parcerias.