Estudar artes, exibi-las com eficiência, de modo a representar o país em diferentes palcos internacionais, é o que muitos jovens e petizes angolanos almejam futuramente, depois de várias acções formativas neste domínio, na 20.ª edição do FESTECA, através do Anim’Art, em Luanda
São crianças e adolescentes de várias idades, vindas de diferentes municípios de Luanda e províncias do país, com o objectivo de aprender a arte e aperfeiçoá-la à luz de várias oficinas e intercâmbios, no âmbito e não só.
Muitos deles têm o teatro como uma excelente arte desafiante e inspiradora, pela forma como têm conseguido lidar com situações do nosso quotidiano, nas suas mais distintas áreas, e muitas vezes difíceis.
É um motivo de orgulho para os pais, para os mentores do projecto e formadores, que não se cansam das perguntas, das exigências e da paciência por eles demonstrada.
No hall do Anim’Art, o palco onde os sonhos ganham vida, ganha cada vez mais aderentes. É visível em toda sua extensão um movimento acentuado de formandos, a que se juntam actores consagrados, formadores e espectadores, todos eles unidos com o mesmo sentimento e responsabilidade, levar o teatro além.
Ainda mesmo no hall, assim como auditório desta que é considerada a actual Catedral Internacional do Teatro, as crianças entregues ao seu trabalho, dão a sua voz e energia ao projecto formativo, correspondendo as temáticas nele inseridas, e outros procedimentos técnicos, com o suporte da actriz e professora de teatro, francesa, Marie – Julien Marques.
É o caso da pequena Eduina Simão, de 13 anos, a futura actriz, que disse aproveitar o máximo das suas férias e o referido festival, para juntar o útil ao agradável, não desperdiçando a oportunidade do que se tem agora e vem logo a seguir.
Animada, a futura Eduina disse estar a aprender bastante e destaca, entre outras, as técnicas como a expressão de sentimentos por meio de gestos e outras, como uma mais-valia durante as oficinas, assim como os seus escritos apresentados como teste em palco.
Eduina, que frequenta o Anim´Art há 1 ano, considerou as oficinas como uma oportunidade que lhe apareceu para participar nas acções formativas em teatro e representar, pela primeira vez, os seus resultados em palco festivo, diante de actores de referência internacional vindos do exterior e de Angola, país que acolhe o evento.
“Este ano, felizmente, aprendi a exprimir os sentimentos por meio de gestos”, disse Eduina, destacando a necessidade de um dia vir a implementar tudo o que aprendeu e reteve desta jornada formativa, aprendendo o que ainda não foi si descoberto sobre o teatro.
Opinião semelhante foi da sua amiga e colega, Edna Simão, que, por sinal, também frequenta o mesmo centro. Satisfeita com os resultados obtidos das oficinas em curso, a pequena destacou a necessidade de se promoverem regularmente acções do género, por serem bastante importantes para quem deseja afirmar-se na área do teatro e disse guardar inúmeras lembranças desta iniciativa que, através do referido centro, vem contruído na formação da juventude ao nível das comunidades.
“ É muito bom estar aqui no Anim’Art, tenho aprendido bastante e é a primeira vez que eu obtenho uma experiência nesta área das artes, com professores pacientes e exigentes vindos do exterior, como é o caso da nossa formadora, neta oficina, Marie Julinane. Agradeço imenso à tia Glória por receber-nos aqui no Festeca. Espero ter mais vezes experiências como essas”, realçou. Quem também se fez esperar foi a pequena Eires Domingos Cambembe, de 9 anos.
Aproveitando a nossa equipa de reportagem, apelou aos empresários a investirem no teatro para elevar o nível de conhecimentos nas comunidades. A pequena, que está também a participar das oficinas de teatro, em técnicas de expressão corporal e representação, desde a abertura do evento, desafiou os estudantes a aproveitarem ao máximo neste período de férias e não só as oportunidades que o Anim’Art está a dar gratuitamente.