O reconhecimento inédito veio a partir de Lisboa, numa iniciativa do site de notícias culturais Bantumen, que destaca os trabalhos deste profissional de cinema e televisão. Com este feito, Nguxi dos Santos, cineasta angolano de 65 anos de idade, vê, pela primeira vez, seu nome distinguido entre as 100 personalidades negras mais influentes dos países de língua portuguesa (exceptuando o Brasil)
A denominada “Powerlist BAntumen 100”, edição 2025, foi revelada no último sábado, 6, onde destacam cem personalidades afrodescendentes dos países de língua portuguesa, que mais influenciaram ou impactaram a vida de centenas de jovens nas suas mais variadas áreas de actuação, exceptuando o Brasil, que não está integrado nesta lista.
Em reacção ao reconhecimento inédito, Nguxi dos Santos expressou, em exclusivo ao jornal OPAÍS, a sua alegria e satisfação, sublinhando que a distinção é fruto de um trabalho feito ao longo de muitos anos, com disciplina, entrega e comprometimento. Salientou que o reconhecimento é também reflexo de um trabalho em equipa, onde jovens, orientados por si, têm se destacado e se profissionalizado nas várias especializações do mundo audiovisual.
“Este reconhecimento, de certeza, é fruto do trabalho que eu tenho feito ao longo de muitos anos. Não trabalho sozinho, há uma equipa que trabalha comigo, por sinal todos eles jovens, e este reconhecimento é também fruto do trabalho deles”, disse o cineasta.
Para Nguxi dos Santos, a integração do seu nome na lista das 100 personalidades mais influentes da lusofonia demonstra que o seu trabalho tem sido visto e acompanhado por outros profissionais, e mostra-se satisfeito por servir de referência para muitos jovens dentro e fora de Angola. O cineasta olha para o feito como mais um passo dado naquilo que considera ser um legado que anseia deixar para os mais jovens e para as futuras gerações.
“É mais um passo dado naquilo que eu estou a preparar como legado. Sempre disse que sinto-me sempre bem em ensinar os jovens e porque afinal são eles quem vão dar continuidade às coisas”, assinalou.Sem receio, acredita que os jovens com quem trabalha são para si um motivo de orgulho e satisfação pela entrega e pelo profissionalismo que demonstram, por isso afirma que é a eles a quem o reconhecimento deve mais motivar.
“Eu acho que isso vai, de certa forma, impulsioná-los a continuarem a trabalhar e a acreditar que é possível eles também atingirem este patamar, desde que façam com responsabilidade e comprometimento”, frisou. Esta é a primeira vez que um cineasta angolano é reconhecido como uma das cem personalidades mais influentes da lusofonia.









