A província do Namibe, localizada na costa sul de Angola, possui um património histórico e cultural diversificado e rico, no qual se destacam oito já classificados, nomeadamente, a Fortaleza de Kapangombe, Fortaleza de São Fernando, o Palácio do Governo, a igreja de Santo Adrião, as pinturas de Tchitundu-Hulu e as instalações das Alfândegas. Desde o passado dia 10 do mês e ano em curso, este número conta com um novo elemento, o centro cultural do Namibe, inaugurado pelo presidente da República, João Manuuel Gonçalves Lourenço, e baptizado com o nome de centro cultural do Namibe “mussungo bitoto” em homenagem ao nome que os antigos habitantes atribuíram à cidade
Concebido, Cine Estúdio, a infra-estrutura começou a ser erguida em 1974, a pedido feito ao Atelier Boper, proprietário do Cine-Moçâmedes, Bauleth Eurico Gaspar, para projectar um novo edifício de cinema para a cidade e o arquitecto José Amândio Parro Botelho Pereira respondeu com uma planta no formato de uma nave espacial.
As obras tiveram de ser interrompidas em 1975 com a expansão dos movimentos de libertação, que lutavam pela independência dos países que, na altura, se encontra- vam sob o domínio colonial, que em Angola foi alcançada em Novembro do mesmo ano.
De lá até o ano de 2022, nada tinha sido feito para a sua conclusão. Em 2019, o governo angolano celebrou um contrato de execução de obras de grande impacto económico, com um consórcio de empresas japonesas, composto pela Toyota Tsusho e TOA Corporation, consubstanciado na requalifica- ção da Baía do Namibe, que compreende a reabilitação e ampliação do terminal de contêineres no Porto do Namibe, bem como do terminal mineraleiro do Saco Mar.
POR: João Katombela, enviado ao Namibe