Está a decorrer, desde o dia 11 e vai até 31 do corrente mês, o processo de recolha das candidaturas para a eleição da nova direcção da Associação Angolana de Profissionais de Cinema e Audiovisual (APROCIMA), cuja assembleia-geral deverá acontecer na primeira quinzena de Agosto próximo, em Luanda
O processo eleitoral da APROCIMA arrancou oficialmente no dia 11 do mês em curso, mas até ao momento apenas três candidaturas foram formalizadas.
Com contas em atraso, pouca visibilidade e desafios ligados à expansão da associação nas demais províncias do país, a Associação Angolana de Cinema tem menos de 30 dias para eleger uma nova direcção e arregaçar as mangas para executar as várias tarefas que a competem.
Fundada em 2014, há cerca de dois anos, a associação está a funcionar com uma direcção provisória, sendo que a antiga comissão directiva, liderada por Francisco Kieth, oficialmente já terá cessado as funções em 2023.
Até ao momento, a Comissão Eleitoral garante que o processo de recolha de candidaturas decorre sem qualquer sobressalto, sendo que a previsão de encerramento de recolha está definida para o dia 31 do mês em curso, como fez saber a este jornal o presidente da referida comissão, Ventura de Azevedo.
“O processo está aí aberto, decorre sem nenhum sobressalto, estamos a receber já algumas candidaturas e acreditamos que até primeira quinzena de Agosto estaremos em condições de realizar as eleições”, avançou.
Dados os constrangimentos que se foram observando na preparação do processo de candidatura e sobretudo ao atraso na publicação do comunicado oficial, Ventura de Azevedo não descarta a possibilidade de se esticar o prazo de formalização das candidaturas para até primeira semana de Agosto, para assim se poder cumprir o prazo estabelecido pelo estatuto da associação.
Fez saber que até ao momento foram recepcionadas apenas três candidaturas, mas acredita que o número deverá aumentar consideravelmente até a data limite.
“Acreditamos que alguns estão ainda a trabalhar na organização das suas listas, dos integrantes que vão fazer parte das mesmas, e quando tudo estiver devidamente organizado irão formalizar as suas candidaturas”, perspectivou o também realizador.
Membros com contas pendentes podem candidatar-se
Questionado sobre os requisitos para a formalização da candidatura, Ventura de Azevedo adiantou que estão aptos a concorrer todos os associados da APROCIMA, sem exclusão de ninguém, inclusive aqueles que tenham quotas em atraso.
Quanto àqueles que não são membros da associação e querem concorrer ou votar, Azevedo explica que devem antes se inscrever para fazerem parte da APROCIMA e só depois é que estão aptos para votar ou concorrer.
Reiterou que há outros aspectos técnicos e específicos a serem observados, como idoneidade, capacidade comprovada para liderar, assim como experiência e conhecimento sobre os objectos de apreciação da associação. Azevedo frisou que o foco é reorganizar a associação, trabalhar na sua dinamização e expansão para outras províncias do país, uma vez que a mesma está representada em apenas três províncias, nomeadamente Luanda, Huíla e Benguela.
Apontou a união, mais aproximação entre os fazedores de cinema e maior divulgação da associação como os grandes desafios que acredita serem fundamentais que a futura direcção olhe como prioridades para a sua actuação.
“Eu acho que é preciso que nos aproximemos mais, sinto que a classe dos cineastas está muito afastada uns dos outros e por isso acho que precisamos de mais união, mais aproximação e também mais coesão no seio da classe para que juntos alcancemos os objectivos na área em que trabalhamos, que é acima de tudo o desenvolvimento do nosso cinema”, considerou.
Sem avançar uma data específica, adiantou que a assembleia-geral deverá acontecer na primeira quinzena de Agosto próximo, numa das unidades hoteleiras de Luanda.
Histórico da APROCIMA Associação Angolana de Profissionais de Cinema e Audiovisual (APROCIMA) foi fundada a 16 de Agosto de 2014, em Luanda, por um grupo de actores comprometido com o desenvolvimento, divulgação e valorização do cinema nacional.
Engajada na missão de desenvolver o cinema feito em Angola e por angolanos, a Associação começou a ganhar notoriedade a partir de 27 de Outubro de 2014, quando realizou a sua primeira actividade por ocasião do Dia Mundial do Património Audiovisual, uma data instituída pela UNESCO.
Actualmente, com cerca de onze anos de existência, a associação conta com aproximadamente 300 filiados e está representada em três províncias. A ambição é poder expandir-se para as 21 províncias e trabalhar afincadamente na divulgação do cinema nacional.