A amostra, reunindo diversificadas obras e tons, retratando a feminilidade, aspectos sociais e reflexões, despertou inúmeras curiosidades do público presente.
Durante visita guiada aos espaços expositivos, o público teve a oportunidade de descobrir, numa viagem visual poderosa e transformadora, a coleção “Ressurgir Mulheres Desde o Sul e Cartografias de Um Despertar”, celebrando as vozes e histórias das mulheres do Sul Global.
Através de obras vibrantes e simbólicas, os visitantes tiveram a oportunidade de explorar cartografias emocionais que conectam tradições e futuro, resgatando a força criativa e o protagonismo feminino.
As artistas ânimes, abordadas pela nossa reportagem, enalteceram a iniciativa da Ski Gallery pela oportunidade concedida e apelaram por mais projetos do gênero.
Marisa Kinjica, de Angola, entusiasmada, considerou a sua participação uma mais-valia por ser um evento que, pela sua dimensão, permitiu que cada artista convidada exteriorizasse os seus sentimentos por via da arte, numa ação de reflexão. “Esta é uma iniciativa louvável por congregar apenas mulheres e espero que venham outras iniciativas”, disse.
Marisa referiu que, para a sua participação neste magnífico evento, começou com uma Residência Artística, cujos resultados foram agora trazidos a público através do projeto“Ressurgir Mulheres Desde o Sul e Cartografias de Um Despertar”.
Salientou que cada artista apresentou um tema relacionado com o gênero e, por via desta temática, expôs as suas vivências, em jeito de reflexão. Já Joyce Jazz disse sentir-se feliz e honrada pela iniciativa, e espera que atividades do gênero, sobretudo, exposições em Angola, possam multiplicar-se.
“Tenho por hábito analisar esse tipo de eventos ao pormenor, desde convites à sua concepção e objetivos”, afirmou Joyce. A artista recordou igualmente que esta é a sua terceira participação num evento internacional que envolve apenas mulheres artistas, acrescentando que as suas obras viajaram pelo mundo, através de exposições internacionais pelos Estados Unidos da América, Itália, Israel, Portugal, entre outros países.
Por sua vez, Laysa Marques enalteceu o gesto da organização, realçou que procurou nesta exposição retratar nas suas obras aspectos sociais, o quotidiano das zungueiras, das crianças de rua, pedindo esmolas, o pequeno mercado junto à sua área de residência, entre outros aspectos.
“Agradeço imenso por ter chegado a este patamar de expor com pessoas renomadas ao nível das artes.” Trouxe desenhos baseados em livros e um dos exemplos dessa inspiração recaiu, sobretudo, ao seu bairro”, frisou Laysa.
A mostra, com a curadoria da artista cubana Elizabeth Pozo Rubio, estará patente até o próximo mês de março, na Kay Gallery, no edifício da ESCOM, em Luanda.