A actriz e formadora de teatro portuguesa Liliana Macedo destacou o empenho e dedicação dos jovens actores e principiantes angolanos, durante as sessões formativas em curso, no Centro de Animação Artística do Cazenga (Anim´Art), em Luanda, no âmbito da 20.ª edição do FESTECA
Liliana Macedo, que falava esta terça-feira, ao OPAÍS, no quadro das oficinas de teatro, disse reconhecer as qualidades e o interesse demonstrado pelos participantes em todas as suas sessões formativas, a vontade de aprender cada vez mais até ao último detalhe.
As acções neste domínio incidiram num contexto histórico do que é luz no teatro, desde a Grécia antiga até aos nossos dias, de modo que os participantes percebessem que ela sempre foi importante nas Artes Cénicas, e os gregos, naquela altura, podiam passar o dia inteiro com várias sessões.
A actriz referiu que foi um contexto para consciencializar como podem os actores, participantes nestas oficinas, trabalhar à luz, visto que muitos deles exercem mais actividades de palco, como mentores e não têm uma percepção nesta área, o que pode estragar ou melhorar um espectáculo. Mas, ao seu entender, disse, podem estar a fazer um trabalho fantástico.
A acção formativa estendeuse também ao estudo da cor, para perceber e despertar sentimentos. “Comecei a aula num contexto histórico do que é luz no teatro, desde a altura da Grécia antiga, até aos nossos dias, para que os participantes percebessem que a luz sempre foi importante no teatro. Os gregos, naquela altura, podiam passar o dia inteiro com várias sessões”, realçou.
A formadora considerou o intercâmbio como uma experiência saudável, uma vez que vai aprendendo, tanto como ensina, o que, para si, é uma felicidade enorme estar em Angola. Liliana recordou que tem um contexto familiar muito grande, pese embora não seja de Angola.
Mas os seus 47 anos de histórias gravadas na mente demonstram claramente a vontade dos jovens angolanos enquadrados evoluírem cada vez mais nas áreas formativas, especialmente no teatro que muito os fascina. Sublinhou que o respeito, a simplicidade do povo tem demonstrado, assim como a vontade da juventude enfrentar barreiras, associadas à carência e às dificuldades do seu dia-a-dia, tornamnos mais fortes e determinados a vencer.
“Foi mais um contexto para consciencializar como podem eles trabalhar a luz, visto que muitos deles estão mais em actividades de palco com mentores e não têm uma percepção de que a luz pode estragar ou melhorar um espectáculo, mas podem fazer um trabalho fantástico”, frisou.
Questionada quanto às dificuldades enfrentadas ao longo do processo, a formadora referiu os participantes nas oficinas são completamente abertos e procuram quantas vezes mais quisessem para dissiparem as suas dúvidas e aprenderem.
“É gratificante, eu gostaria estar aqui por mais tempo, dar mais workshops, mas não sabia bem o que é que a realidade tem que me pedir. Então fui adaptando o workshop, conforme eles foram solicitando as suas necessidades. Também estudamos um pouco a cor para perceber os sentimentos.