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Sindicalista ameaçado de morte, universitários sem aulas e ministério descarta anulação do ano lectivo

Romão Brandão por Romão Brandão
10 de Abril, 2023
Em Manchete
Tempo de Leitura: 4 mins de leitura
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Sindicalista ameaçado de morte, universitários sem aulas e ministério descarta anulação do ano lectivo

Em um mês e uma semana de greve dos professores universitários, o balanço conta com ameaças de morte contra o secretário-geral do Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Angola (SINPES), Eduardo Peres Alberto, e uma de suas filhas; interrupção das aulas e reclamação dos estudantes por conta das propinas que já foram pagas e o ministério da tutela que descarta a possibilidade de se anular o ano lectivo. Dois pontos deixam de “costas-viradas” o sindicato e o ministério, enquanto os estudantes sofrem com a paralisação

hoje, 10 de Abril, entra-se na segunda semana depois de consumido um mês, desde que o Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Angola (SINPES), a 27 de Fevereiro, decretou a greve a nível nacional, por tempo indeterminado. A divergência é sustentada com o facto de o Sindicato não ter recebido ainda uma resposta positiva sobre os pontos do caderno reivindicativo relacionados com os salários condignos e seguro de saúde dos professores universitários.

Eduardo Peres Alberto, que falou, ontem, em exclusivo, ao jornal OPAÍS, disse que apesar de já estarem a caminho do segundo mês em greve, não foram chama- dos para negociar nada, pelo que continuam a aguardar pelo convite do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) ou do Governo.

Estão abertos para as negociações e entrega tudo nas mãos do Governo, pois dos oito pontos constantes do último memorando de entendimento entre o Sindicato e o Governo, apenas dois continuam fracturantes, que são os salários condignos e o seguro de saúde. “Numa das negociações que nos levou a interpolar a greve, o ministério ficou de levar estas duas questões à consideração do Titular do Poder Executivo, porque ultrapassava as suas competências. Até aqui, não diz nada. Assim, nós estamos em greve, é nacional e por tempo indeterminado”, disse.

O sindicalista confirma serem reais as informações postas a circular nas redes sociais, segundo as quais terá sofrido ameaças de morte, tendo acrescentado que primeiro as ameaças foram feitas a si e, depois, a sua filha. Recebeu mensagens de números desconhecidos, bem como um envelope com a fotografia da sua filha e, ao lado, uma cruz, mostrando que vão morrer. Mesmo com as ameaças de mortes, disse, não irão recuar.

Fez as queixas na 3ª Esquadra da Polícia da Vila Alice, já passam duas semanas. “Uma das exigências destas ameaças é o levantamento da greve. Devemos nos perguntar quem é o interessado pelo levantamento da greve?”, questiona o responsável sindical, que continua a apelar por uma audiência com o Presidente da República para que ouça, em viva voz, as preocupações dos professores universitários.

Não há, segundo o entrevistado, outro objectivo nesta greve senão a melhoria da qualidade do Ensino Superior em Angola, a dignificação do trabalhador (não) docente do ensino superior, com bons salários e seguro de saúde. “Continuamos abertos para que não nos levem à anulação do ano académico que, de facto, não é bom. O ano lectivo, agora, está sob a responsabilidade do Governo”, sublinhou.

MNJUA posiciona-se em cima do muro

Para o presidente do Movimento Nacional de Jovens Universitários de Angola (MNJUA), José Cerqueira, é preocupante a situação em que se encontram os estudantes, pelo que deve haver sensibilidade por parte do MESCTI e do Ministério das Finanças, bem como do SINPES. “No fundo, quem sai prejudicado são os estudantes, que têm estas pausas nas aulas. Isto tem dificultado muito naquilo que é o processo de ensino e aprendizagem, no quadro da assimilação das matérias”, disse, tendo sublinhado que o posicionamento do MNJUA é neutro.

O movimento em questão tem recebido reclamações de vária ordem, dentre as quais consta o facto de muitos estudantes já terem pago as propinas e, ainda as- sim, não têm aulas por conta da greve. Cerqueira defende o diálogo entre as partes envolvidas para que haja entendimento, e sensibilidade. Para finalizar, Eduardo Peres Alberto recordou que, quando o Governo não investe na formação, se torna dependente da comunidade internacional, tendo exemplificado a dependência de Angola em fazer os primeiros testes da Covid-19, bem como em fazer os testes de ADN às ossadas do Plano de Reconciliação em Memória das Vítimas dos Conflitos Políticos.

Estudantes marcham a favor dos professores em greve

O Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA) marcou para o próximo dia 15 uma marcha pacífica de protesto para exigir do Governo a resolução das reivindicações dos professores das universidades públicas que há mais de um mês estão em greve, sem fim à vista. o MEA acusa o Governo de não estar interessado em resolver o problema dos professores universitários e de não pugnar pela qualidade do ensino no país. Segundo o Movimento dos Estudantes Angolanos, não se percebe como o Governo atende outros sectores e não o dos docentes universitários.

Em função deste desinteresse, segundo o MEA, os estudantes vão sair às ruas no próximo Sábado, 15, em Luanda e também em algumas províncias do país para marcharem a favor dos professores. Segundo o MEA, os estudantes querem que seja resolvido o mais urgente possível esse impasse, e mostra-se também preocupado com as ameaças de morte que o presidente do Sindicato de Professores do Ensino Superior de Angola (SINPES), Eduardo Peres Alberto, sofreu.

Entretanto, o Movimento do Estudantes Angolanos salienta que a marcha dos estudantes não visa somente solidarizam-se com os professores, mas também chamar a atenção do MESCtI sobre a anulação dos cursos do 1.º ano em 12 instituições de ensino, por falha destas.

Romão Brandão

Romão Brandão

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