Só neste ano, foram registados pelo serviço de neurologia do Hospital Josina Machel – Maria pia mais de 130 casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) em jovens, sendo o mais prevalente o hemorrágico e o principal factor de risco a hipertensão não controlada. No Hospital Geral de Luanda, embora com pouco registo de jovens, é alarmante o número de casos diários, com um registo diário de mais de 40 casossó neste ano, foram registados pelo serviço de neurologia do Hospital Josina Machel – Maria pia mais de 130 casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) em jovens, sendo o mais prevalente o hemorrágico e o principal factor de risco a hipertensão não controlada. No Hospital Geral de Luanda, em- bora com pouco registo de jovens, é alarmante o número de casos diários, com um registo diário de mais de 40 casos
Durante décadas, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) foi associado quase exclusivamente à velhice. Hoje, es- sa percepção já não corresponde à realidade. Nos hospitais de Luanda, cresce de forma consistente o número de jovens entre os 15 e os 42 anos, e até crianças, que dão entrada em estado crítico após sofrerem um AVC.
Médicos, directores hospitalares e famílias afectadas dão rosto às estatísticas, alertando: o AVC tornou- se numa ameaça real à população jovem, com impacto directo na produtividade, na estrutura familiar e no futuro de muitas crianças.
Do trabalho à dependência familiar. Júlia, de 41 anos, paciente de AVC do Hospital Maria Pia, hoje está sob cuidados permanentes da família. O primeiro AVC surgiu de forma quase imperceptível. “Eu estava a sentir-me mal, as pernas doíam muito.Comentei com a minha mãe, mas não fizemos nada”. Sem imaginar que os sintomas eram sinais neurológicos, dias de pois a situação agravou-se e voltou a perder a capacidade de andar.









