A Associação Angolana de Teatro (AAT) vai realizar, no dia 20 de Dezembro, a 2.ª edição da gala “Máscara de Ouro do Teatro”, no Memorial Dr. António Agostinho Neto (MAAN), a partir das 19h00, em que vão ser reconhecidas cerca de 50 personalidades colectivas e individuais que, de forma directa, contribuem para que o teatro angolano se mantenha vivo, assim como unir a arte aos festejos dos 50 anos de Independência de Angola
O evento vai ainda homenagear os governos provinciais, profissionais da comunicação social e outras individualidades que têm contribuído significativamente para o desenvolvimento do teatro no país.
O secretário da AAT, Walter Cristóvão, explicou que a escolha dos homenageados se baseou em critérios rigorosos, dentre os quais a regularidade das produções teatrais, o impacto social, o perfil institucional, a projecção internacional, bem como a multifuncionalidade das equipas (teatro comunitário, investigação, musical, infantil etc.).
Esses critérios, de acordo com o secretário, reflectem a ambição da AAT de premiar não apenas a visibilidade, mas sobretudo a relevância e a sustentabilidade das contribuições do teatro angolano.
O principal objectivo do evento, sublinhou Walter, é reconhecer a excelência na produção de espectáculos de qualidade e valorizar o esforço intelectual desenvolvido em todas as áreas técnicas que tornam possível o teatro em Angola. Além disso, a iniciativa pretende ainda impulsionar a classe no país, incentivando para que o género mantenha a marca qualitativa dos seus trabalhos.
“A gala promete coroar um ano de entrega, criatividade e resiliência da classe teatral angolana, bem como partilhar os grandes objectivos e os desafios enfrentados pela classe”, destacou.
Por outro lado, segundo o Secretário, a gala funciona como o fechar de ano com chave de ouro para a AAT, uma forma de manter a instituição activa e visível perante o panorama cultural angolano. Para esta edição, disse Cristóvão, o público pode esperar uma gala ampla, inclusiva e representativa, como plataforma para dar visibilidade ao teatro fora de Luanda e consolidar os laços com os secretários provinciais da AAT em todo o país.
Questionados sobre os desafios para a realização do evento, Cristóvão destacou a falta de um orçamento real como um dos maiores desafios que a classe enfrenta. “A gala ainda depende muito de favores, doações e patrocínios pontuais, porque ainda não há um grande patrocinador fixo. A ausência de um patrocinador ainda é uma luta que acreditamos ser ganha”, lamentou, com esperança.
Palcos internacionais
De acordo com o secretário, o elenco espera que a gala tenha um resultado que culmine com o reconhecimento dos artistas que durante este ano se destacaram e incentivaram para que, nos próximos anos, a AAT faça melhor e, sobretudo, conquiste os palcos internacionais.
“Qualidade implica também levar os espectáculos para palcos internacionais e dar aos que vencem prémios individuais um motivo para atrair outros trabalhos e daí tirar alguma rentabilidade. Outrossim, é mostrar que a actual direcção não fez apenas promessas, mas que tem cumprido com os seus objectivos”, declarou.
Para esta segunda edição, a AAT reforça a participação de outras províncias, não apenas Luanda. Segundo Cristóvão, a presença de secretários provinciais da AAT de todo o país vai garantir que o evento tenha um âmbito nacional consistente, consolidando-o como um momento simbólico e efectivo de união da classe teatral em Angola.
Edição anterior
Cristóvão considerou ainda a primeira edição da gala muito positiva, pelo facto de ter superado as expectativas, deixando marcas, e estabeleceu uma base para fazer melhor este ano. Segundo ele, já circulam rumores sobre possíveis vencedores de 2025, o que, por si só, é um sinal de que o evento gerou repercussão e credibilidade entre os artistas.









